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Entenda como está a investigação da morte do menino Henry Borel

Necropsia, 17 testemunhas, 11 celulares apreendidos, três vistorias no apartamento fazem parte do inquérito da tragédia que completa um mês

atualizado

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Reprodução/ redes sociais
Henry Borel Medeiros
1 de 1 Henry Borel Medeiros - Foto: Reprodução/ redes sociais

Rio de Janeiro –  O laudo de exame de necropsia no corpo de Henry Borel Medeiros foi o principal ponto de partida para a investigação sobre a morte do menino de 4 anos.

Assinado pelo perito Leonardo Huber Tauil do Instituto Médico-Legal (IML), o documento ao qual o Metrópoles teve acesso revela que o garoto morreu por hemorragia interna, laceração hepática por ação contundente, como socos e pontapés. A tragédia completa um mês nesta quinta-feira (8/4).

Foram identificadas múltiplas lesões nos rins, pulmão, nas costas e cabeça. A mãe do garoto, a professora Monique Medeiros e padrasto, o vereador e médico Jairo Souza Santos Júnior, o Doutor Jairinho, do (Solidariedade), alegaram em depoimento de 12 horas na 16ª DP (Barra da Tijuca) acidente doméstico.

Depoimento Monique Medeiros

Depoimento Dr. Jairinho

Depois de ouvir 17 testemunhas, a Polícia Civil do Rio de Janeiro conta ainda com uma força-tarefa com peritos que ainda está debruçada em analisar 11 celulares e três computadores, apreendidos no último dia 26, de Monique, Jairinho e do pai de Henry, Leniel Borel. Investigadores tentam recuperar mensagens dos celulares do casal, que teriam sido apagadas na noite da morte da criança.

A juíza do 2º Tribunal Júri, Elizabeth Machado Louro, determinou a interdição do apartamento onde Henry morava com mãe e padrasto por 30 dias. Os advogados do casal foram à Justiça pedir o adiamento, o que foi negado pelo juiz Paulo Roberto Sampaio Jangutta.

Decisão apartamento caso Henry

Os peritos do Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE) estiveram no imóvel três vezes. Na primeira, constataram que a empregada havia feito a limpeza do quarto do menino pouco depois de sua morte.

Na última quinta-feira (1º/4), os agentes fizeram a reconstituição do caso, com um boneco do tamanho e peso do menino.

A polícia também realizou medições na cama, cadeira e mesa. Para tentar entender a dinâmica dos acontecimentos, dois policiais leram os depoimentos de Jairinho e Monique — o casal se recusou a participar.

Infográfico cama caso Henry Borel Medeiros

No laudo de necrópsia, o perito Nelson Massi, professor da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), destaca a violência pela qual passou o corpo do menino e escreveu: “A medicina legal fala alto e sempre com razão”.

“Mas no exame de local, os peritos fizeram medições para calcular se uma queda do menino da cama ou outro móvel poderia causar as lesões, só assim será possível descartar a hipótese de acidente doméstico”, explicou Massini.

A exumação do corpo do menino ainda não foi descartada pelos investigadores.

“A exumação só ocorre se houver dúvidas. Cinco vestígios de sangue, com o uso do luminol, reagente de alta sensibilidade, e todos os resultados foram negativos para sangue. O material foi preservado para futuros exames identificarem se há DNA nele, se for necessário”, disse.

Entenda o caso

Henry Borel Medeiros morreu no dia 8 de março, ao dar entrada em um hospital da Barra da Tijuca, zona oeste do Rio. Segundo o pai do menino, Leniel Borel, eles passaram o fim de semana juntos e, por volta das 19h do dia 7, o pai o levou de volta para casa, onde o garoto morava com a mãe, Monique, e com Dr. Jairinho.

O pai de Henry relata que, por volta das 4h30 do dia 8, recebeu uma ligação de Monique falando que estava levando o filho para o hospital, porque o garoto apresentava dificuldades para respirar. Leniel afirma que viu os médicos tentando reanimar o pequeno Henry, sem sucesso. O menino morreu às 5h42, conforme registro policial feito pelo pai da criança.

De acordo com o laudo de exame de necropsia, a causa da morte do menino foi hemorragia interna e laceração hepática provocada por ação contundente. Para especialistas, ação contundente seria agressão.

 

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