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Entenda a escalada de mortes no Alemão em operação policial no Rio

Ação realizada por Bope e Core se tornou a quinta mais letal da história do estado do Rio, com ao menos 19 mortos confirmados até sexta

atualizado

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Operação Complexo do Alemão
1 de 1 Operação Complexo do Alemão - Foto: Reprodução

Rio de Janeiro- Durante dois dias, o Complexo do Alemão, comunidade da zona norte do Rio, viveu um cenário de guerra. A operação planejada entre a Polícia Militar e a Polícia Civil, que contou com as Equipes do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) e da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), deixou 19 mortos. Um PM e duas mulheres inocentes estão entre as vítimas.

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Cabo Bruno de Paula Costa morreu durante operação no Complexo do Alemão
Moradores foram impedidos de sair de casa devido ao intenso tiroteio
Bope usou toda a munição nas primeiras duas horas de operação
Letícia era moradora do Recreio dos Bandeirantes e morreu durante o primeiro dia da ação policial na comunidade
Confrontos duraram mais de 13 horas no primeiro dia
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Solange Mendes, 49, (esquerda) e Letícia Marinho de Sales, 50, (direita) morreram na quinta ação mais letal do Rio de Janeiro

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Cabo Bruno de Paula Costa morreu durante operação no Complexo do Alemão

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Moradores foram impedidos de sair de casa devido ao intenso tiroteio

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Bope usou toda a munição nas primeiras duas horas de operação

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Letícia era moradora do Recreio dos Bandeirantes e morreu durante o primeiro dia da ação policial na comunidade

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Confrontos duraram mais de 13 horas no primeiro dia

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Solange Mendes, 49, moradora do Complexo do Alemão

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Carro retira corpos da comunidade após ação policial no Complexo do Alemão

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Letícia trabalhava fazendo costuras e quentinhas, mas pretendia atuar na área da segurança, como vigilante

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A mulher deixa o marido e dois filhos

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Moradores retiram corpos da comunidade

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PM e Civil fazem operação conjunta no Complexo do Alemão, na zona norte do Rio

Foto: Reprodução/TV Globo
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Rajada de tiros é disparada em direção a helicóptero da polícia

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Blindado da polícia no Complexo do Alemão, durante operação conjunta nesta quinta-feira (21/7)

Foto: Reprodução/TV Globo

A ação é considerada a quinta mais letal do Estado do Rio de Janeiro. O arsenal usado no confronto pode ser constatado pelas centenas de cápsulas de bala encontradas pelos becos da comunidade.

A operação tinha como objetivo coibir roubos de cargas e veículos na região do Grande Rio, Baixada e Niterói. Centenas de criminosos estão foragidos, segundo a PM. Entenda a cronologia dos fatos:

Quinta-feira, 21 de julho

5h30 – Início da operação
Moradores são acordados ao som de rajadas de tiros e helicópteros sobrevoando o Complexo do Alemão. A região da Fazendinha e Alvorada concentram as trocas de tiros mais intensas. Centenas de moradores foram impedidos de ir para seus trabalhos naquela manhã.

6h – Policial morto
Por volta das 6h, o cabo Bruno de Paula Costa estava trabalhando e acabou ferido quando a base da UPP Nova Brasília foi atacada por criminosos em retaliação à operação, segundo a Polícia Militar. Transferido para o Hospital Estadual Getúlio Vargas, ele não resistiu. O policial tinha 38 anos, ingressou na Corporação no ano de 2014, era casado e deixou dois filhos.

8h – Mulher é baleada e morta

Letícia Marinho de Sales, de 50 anos, era moradora do Recreio dos Bandeirantes, bairro da zona oeste do Rio. Ela estava na comunidade para visitar o namorado e acabou baleada dentro do carro, ao lado do companheiro e de um primo dele. Eles estavam saindo do local quando Letícia foi atingida no peito, por um policial, segundo testemunhas. Ela foi socorrida na UPA do Complexo do Alemão, mas não sobreviveu.

12h – Corpos recolhidos

Estrada do Itararé, um dos principais acessos do Complexo do Alemão, foi fechada pelos agentes. Ao meio-dia, moradores recolhiam corpos e feridos com auxílio de panos e um carrinho de mão.

Mais três corpos foram encontrados e recolhidos por moradores na entrada da Rua Joaquim de Queiroz por volta das 12h30. Os feridos foram colocados na caçamba de uma kombi de frete e levados para a UPA da região.

13h15 – Remoção em lençóis

Outros três corpos foram localizados por moradores e carregados em lençóis.

14h – Moradores pedem justiça

Por volta das 14h, a principal via do Complexo do Alemão continuava fechada e o número de mortos já passava de dez. Moradores continuavam levando corpos para a UPA e gritavam por justiça.

17h30 – Arsenal

Os policiais apreenderam na operação um fuzil .50, conhecido pelo potencial para derrubar até mesmo aeronaves.  Cerca de quatro fuzis, duas pistolas, 56 artefatos explosivos e 43 motocicletas foram confiscados pelas autoridades.

18h- Preso em hospital

De acordo com a PM, um quinto criminoso do Pará, apelidado de Esquilo e conhecido por realizar ataques armados contra policiais, foi preso ferido no Hospital Getúlio Vargas.

Sexta-feira, 22 de julho

8h30- Tiros na região

Por volta das 8h30 de sexta-feira (22/7), mais tiros foram ouvidos no Complexo do Alemão, nas áreas conhecidas como Canitar e Alvorada. Kombis que fazem o transporte local não estavam circulando, assim como os mototaxistas.

09h30- Moradora baleada e morta

Solange Mendes foi baleada e morta na região de Nova Brasília. Ela foi levada ao Hospital Estadual Getúlio Vargas, mas não resistiu. Tinha 49 anos, marido e dois filhos.

10h – Polícia fala em ataque

Uma das bases da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) Nova Brasília, no Complexo do Alemão, foi atacada por criminosos, segundo informação da PM do Rio. Não houve confronto envolvendo os policiais militares que estavam no local, de acordo com a corporação.

Após cessar o ataque, Solange foi encontrada ferida e socorrida pelos policiais militares para a UPA Alemão.

16h- Policiamento reforçado

No final da tarde de sexta-feira (22/7), não houve mais registros de tiroteio na região. A PM negou que houvesse alguma operação em andamento mas afirmou que o policiamento estava reforçado na região.

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