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Enteada que sobreviveu a ataque de padrasto pediu por socorro na rua

Homem, que é PM, matou a mãe e a irmã dela a tiros. Segundo a PC, menina correu para a calçada e implorou para sair do local

atualizado

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goias pm matou esposa e enteada
1 de 1 goias pm matou esposa e enteada - Foto: Divulgação/PMGO

Goiânia – A criança de 5 anos que sobreviveu a um ataque a tiros, que matou a mãe e a irmã dela, de 3 anos, correu para a calçada e implorou por socorro, segundo a Polícia Civil. De acordo com o delegado Adelson Candeo, responsável pela investigação do caso, a menina se enrolou em um cobertor e pediu ajuda para uma mulher.

O caso aconteceu na quarta-feira (14/12), em Rio Verde, no sudoeste goiano. O ataque foi executado pelo policial militar Rafael Martins Mendonça, padrasto da menina, que foi preso em flagrante.

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Ele matou a mulher e a enteada a tiros
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PM está detido no presídio militar de Rio Verde (GO)

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Ele matou a mulher e a enteada a tiros

Reprodução/TV Anhanguera

“O que mais comoveu na cena do crime foi a situação da menina, porque ela se enrolou em uma coberta e sentou na calçada para chorar. E quando finalmente uma moça chegou e a pegou no colo, ela falou ‘tia, me leva para a escola, me tira daqui’”, disse o delegado ao portal G1.

Sem risco de morte

A menina, que também foi baleada pelo padrasto, foi socorrida e levada para o Hospital Pediátrico de Rio Verde e, em seguida, para o Hospital Estadual de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol), em Goiânia. De acordo com o delegado, a criança passou por cirurgia, está consciente e estával e, apesar da hospitalização, não corre risco de morte.

De joelhos

Ainda segundo o investigador, a pedagoga Elaine Barbosa de Sousa, de 28, estava de joelhos e tentou se proteger dos tiros quando foi assassinada junto com a filha, de 3 anos, pelo marido. Para Candeo, durante perícia no local do crime, havia indícios claros de que a mulher tentou se defender dos disparos.

De acordo com o delegado, a mulher foi atingida com oito tiros e a filha dela, Ágatha Maria de Sousa, de 3 anos, com cinco, sendo um deles de raspão.

“Como ele relatou que teve uma briga, provavelmente ela estava de joelhos pedindo para que ele desistisse de dar os tiros. Muito provavelmente, quando ele começou a efetuar os disparos, ela ergueu o braço e recebeu vários tiros no braço. São claramente lesões de defesa”, contou.

Mortes

Segundo o boletim de ocorrência da PM, a corporação foi acionada, via telefone, para um caso de briga de casal. Ao chegar no local, a equipe de deparou com o PM deitado ao lado de uma das enteadas que apresentava ferimento a tiros. “Ao ver a equipe do CPE ficou exaltado e foi necessário contê-lo com uso da força e algemamento”.

De acordo com o documento, Rafael e o amigo mantiveram contato por telefone até que outro PM chegasse ao local. Ao atender a porta, o autor estava armado, chorando, gritando, ameaçando se matar e, ao tentar sacar a arma, foi contido pelo colega militar.

A esposa do amigo entrou no imóvel e encontrou a mulher e uma das enteadas de Rafael já sem vida. O Serviço de atendimento Móvel de Urgência (Samu) também foi acionado e levou a outra criança a uma unidade de saúde para atendimento médico. Conforme o boletim, a menina estava consciente.

Bêbado

Em depoimento à polícia, o soldado Rafael disse que fez ingestão de bebida alcoólica antes do crime, mas não se sentia embriagado, pois estava bem. Ele também disse que conhecia as vítimas há dois anos. Ele tinha antecedente criminal por porte ilegal de arma de fogo e embriaguez ao volante. O soldado não comentou detalhes do crime e usou o direito constitucional de permanecer em silêncio.

A vítima baleada que sobreviveu disse para uma enfermeira que, no momento do crime, Elaine estava esfriando a comida da filha para o jantar quando o PM chegou repentinamente e efetuou os disparos.

Afastado

De acordo com a Polícia Civil, Rafael estava afastado do serviço nas ruas e realizava trabalhos administrativos em razão de problemas psicológicos.

Já a PM lamentou o crime, disse que vai prestar todo apoio à família das vítimas. A corporação ressaltou que o militar estava de folga no momento do assassinato e não usava arma da polícia. Um Procedimento Administrativo Disciplinar foi aberto para tomar as medidas necessárias. O soldado está no presídio militar da cidade.

Ainda segundo o boletim de ocorrências, Rafael tinha duas armas em casa, que foram compradas de forma particular. Elas foram apreendidas.

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