Engenheiro é morto com tiro no pescoço e coronel da PM assume o crime
Crime ocorreu em plena luz do dia após discussão em comércio. Oficial reformado da PM se apresentou na corregedoria e confessou o homicídio
atualizado
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Goiânia – Um engenheiro de 49 anos foi assassinado na porta de casa em plena luz do dia, no bairro Vila Brasília, em Aparecida de Goiânia, região metropolitana da capital de Goiás, na manhã de sábado (16/4). Um coronel da Polícia Militar assumiu o crime e deve ser ouvido na Polícia Civil nos próximos dias.
Erceli Miguel Pinto foi morto com um tiro no pescoço, que acertou na jugular da direita para a esquerda. Ele morreu na hora. Pouco antes, ele teria participado de uma discussão com o atirador, que é descrito como idoso acima do peso e vestido de preto, segundo boletim de ocorrência.
Inicialmente, a esposa de Erceli disse que a vítima devia R$ 10 mil para um agiota, que o teria ameaçado.
No entanto, na noite do mesmo dia do crime, o coronel reformado da PM Clovis de Sousa Silva, que não é o agiota, procurou a corregedoria militar com sua advogada, onde confessou o crime.
As informações constam no Registro de Atendimento Integrado (RAI) da Secretaria de Segurança Pública de Goiás (SSPGO), ao qual o Metrópoles teve acesso.
Confissão
O oficial da PM disse que teria uma desavença com o engenheiro e que atirou nele após uma discussão. O coronel ainda disse que decidiu se apresentar assim que ficou sabendo da morte da vítima. A polícia considerou que já teria passado o tempo para realizar a prisão em flagrante e o militar deve ser ouvido na delegacia esta semana.
A morte de Erceli Miguel está sendo investigada pelo Grupo de Investigação de Homicídios (GIH) da Polícia Civil de Goiás em Aparecida. O delegado Eduardo Rodovalho foi até o local do crime, que passou por perícia da Polícia Científica. Câmeras de monitoramento foram analisadas.
Discussão em comércio
Oficialmente, a Polícia Civil disse que informações iniciais dão conta de que o crime teria ocorrido após uma discussão em um comércio.
“O delegado Eduardo Rodovalho não falará até que a investigação avance, para que não haja prejuízo ao levantamento dos elementos informativos necessários ao esclarecimento dos fatos”, informou a polícia em nota.
O Metrópoles entrou em contato com a PM de Goiás e com o coronel Clovis, mas não obteve resposta até a publicação desta matéria.