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Demanda por energia bate recorde por causa de onda de calor

Impactos da quarta onda de calor no semestre são sentidos no setor de energia. Especialistas alertam para possível aumento nas taxas

atualizado

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Transmissor de energia elétrica em usina hidrelétrica
1 de 1 Transmissor de energia elétrica em usina hidrelétrica - Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles

As altas temperaturas que assolam diversos estados do país não prometem dar trégua e isso afeta setores como o agropecuário e o de energia. Esta é a quarta onda de calor que o Brasil vive no segundo semestre deste ano, de acordo com informações do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).

Na segunda-feira (13/11), o país alcançou um novo recorde de demanda do setor energético. Foram atingidos 100.955 megawatts (mw) de energia de demanda instantânea de carga no Sistema Interligado Nacional (SIN), do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).

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DF bateu recorde de temperatura mais quente do ano
As altas temperaturas registradas no final do ano de 2023 foram provocadas pelo fenômeno climático El Niño
Para enfrentar o calor, o Ministério da Saúde recomenda que as pessoas bebam bastante água, evitem atividades físicas e exposição ao sol em horários mais quentes do dia
Mapa da onda de calor no Brasil - de acordo com Inmet
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Aumento das temperaturas é um dos motivos da queda na oerta de banana

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DF bateu recorde de temperatura mais quente do ano

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As altas temperaturas registradas no final do ano de 2023 foram provocadas pelo fenômeno climático El Niño

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Para enfrentar o calor, o Ministério da Saúde recomenda que as pessoas bebam bastante água, evitem atividades físicas e exposição ao sol em horários mais quentes do dia

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Mapa da onda de calor no Brasil - de acordo com Inmet

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O recorde anterior é de setembro, e equivale a 97.659 mw, mês que também foi impactado por uma onda de calor, que coincidiu justamente com o pico do El Niño.

Dessa demanda de energia, 61,1% foi de origem por geração hidráulica; 10,8% de geração solar; 10,5% térmica; 9,2% eólica; e 8,4% centralizada.

A perspectiva dos especialistas é de que, se o calor continuar, impactos no setor energético e agropecuário, principalmente, devem ser sentidos em breve. Em ambos os casos, o bolso do consumidor deve ser atingido.

Para resolver problema da energia tem que chover muito

Olívio Bahia, do Inmet, falou ao Metrópoles sobre os impactos dessa onda de calor. “Se não chover bem, pode ter problema de consumo de energia, e iniciar um processo em cadeia de gastos”, alertou.

“Tudo isso consume mais e reflete em ações. Reflete de forma geral, não só no ser humano, mas no meio agropecuário, além de energia… tem que acompanhar os reservatórios”, ressaltou Bahia. “Não basta chover um pingo: tem que ser uma chuva boa e contínua”, completa.

A perspectiva é de que as chuvas cheguem aos reservatórios, mas não atinjam a média necessária para que a geração de energia hidráulica funcione sem problemas. As estimativas são de que a região Norte deve ter uma média histórica de 52% de chuvas; o Nordeste, 43%, e Sudeste e Centro-Oeste, 88%.

É válido lembrar que a região Sudeste e Centro-Oeste são os principais detentores de hidrelétricas do país.

A região Sul, por estar sendo continuamente afetada por chuvas acima da média, tiveram uma estimativa de 437% da média histórica.

Onda de calor, El Niño e o aquecimento global

fenômeno El Niño, que se caracteriza pelo aquecimento das águas do Oceano Pacífico, ocorre a cada cinco e sete anos, e afeta diversos países — entre eles, o Brasil. O El Niño contribui para que a primavera e o verão registrem temperaturas em torno ou acima da média, favorecendo períodos prolongados de calor mais intenso. Com o aquecimento global, os impactos nas temperaturas tendem a aumentar.

O aquecimento global, que pode intensificar o El Niño, é causado pelo acúmulo crescente de dióxido de carbono e outros gases causadores do efeito estufa na atmosfera, graças a ações de intervenção humana relacionadas à queima de combustíveis fósseis e ao desmatamento.

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