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Energia: PL das distribuidoras é aprovado em comissões do Senado

Governo votou contra alterações. Matéria só será discutida em plenário em 9 de outubro, o que adiará leilão da Amazonas Energia

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Moreira Mariz/Agência Senado
Fernando Bezerra Coelho
1 de 1 Fernando Bezerra Coelho - Foto: Moreira Mariz/Agência Senado

O projeto de lei que trata dos sistemas isolados de energia e que dá base para a privatização da Amazonas Energia foi aprovado nesta terça-feira (4/9) nas comissões de Assuntos Econômicos (CAE) e de Infraestrutura (CI) do Senado.

A matéria, porém, só deverá ser votada em plenário no dia 9 de outubro, segundo informou o vice-líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE). A decisão já foi comunicada ao Executivo. Assim, o leilão da distribuidora, marcado para o dia 26 de setembro, será adiado por 30 dias.

Na CAE, o texto foi aprovado sem emendas. Na CI, onde a matéria foi relatada pelo senador Eduardo Braga (MDB-AM), o projeto recebeu diversas alterações que, entre outras coisas, retiraram temporariamente a Amazonas Energia do programa de privatização e criaram um fundo para indenizar funcionários das distribuidoras estaduais já privatizadas, caso sejam demitidos no prazo de 24 meses. O custo desse programa, de R$ 290 milhões, será bancado com recursos que a União receber a título de outorga pela venda das companhias.

Segundo Braga, a Amazonas Energia não será privatizada enquanto não forem resolvidos problemas como a dívida de R$ 20 bilhões acumulada pela companhia, que segundo informou foi fruto de decisões regulatórias e da interligação dos municípios amazonenses ao sistema nacional. Até lá, a Amazonas Energia ficaria como prestadora de serviço de uma empresa estatal.

O governo votou contra essas alterações na Comissão. Um novo embate deverá ocorrer quando a matéria for discutida no plenário do Senado, após as eleições.

Foi justamente para ter a possibilidade de discutir esses pontos em plenário, na forma de destaques para votação em separado, que Braga fez questão de votar a matéria na segunda-feira (3) na Comissão. Por questões regimentais, se o texto não fosse votado até o dia 9 de setembro, essa discussão não seria possível. Por causa desse detalhe, foi preciso refazer, no início da tarde, um acordo que havia sido fechado pela manhã, pelo qual o texto não seria votado nas comissões antes das eleições.

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