Enem no Rio tem mais aglomeração de ambulantes do que de candidatos
Baixa adesão ao exame ficou evidente no primeiro de provas; candidatos recorreram aos mototáxis para evitar atrasos
atualizado
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Rio de Janeiro – O primeiro dia de provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) evidenciou o baixo número de inscrições na prova deste ano. Em outros anos, era possível ver os portões lotados de estudantes, o que não ocorreu neste domingo (21/11).
No campus da Pontifícia Universidade Católica (PUC) do Rio, na zona sul, o movimento maior na entrada era de ambulantes vendendo canetas, máscaras e tubos transparentes de álcool em gel. Não houve registros de candidatos atrasados, barrados após o fechamento dos portões às 13h.
Além dos vendedores, mototaxistas também faturaram com os candidatos. O meio de transporte foi escolhido por muitos para evitar o trânsito e garantir a chegada no horário. Em um dos casos, a passageira estava tão ansiosa que deixou a moto e esqueceu de devolver o capacete.
De acordo com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), 239.523 inscritos em território fluminense. Destes, 218.200 se inscreveram na edição regular e 20.152 nas novas inscrições. Além disso, 1.171 pessoas privadas de liberdade se candidataram para realizar os exames.
Não menos ansiosos, pais de estudantes protagonizaram as clássicas cenas de carinho e despedida com os jovens, desejando sorte aos candidatos.
Darwim Ferreira, de 60 amos, levou o filho, Eric, 18, que tenta vaga para o curso de Direito. Segundo ele, a expectativa do filho é ainda maior para ele.
“A gente fica apreensivo, confiante e ansioso. Deseja boa sorte e espera que elas tenham bom desempenho” conta o pai, que fez uma foto do filho entrando no campus. “Vou mandar no grupo da família. Estão todos torcendo”, brinca.
Ainda segundo Darwim, a maior dúvida este ano é sobre a lisura do exame, alvo de questionamentos após problemas no Inep.
“ Isso é muito ruim para os candidatos. A tensão se o exame é de direita ou esquerda interfere na expressão dos estudantes, que duvidam sobre até que ponto podem se expressar de verdade”, comenta