Enel vende distribuição de energia em Goiás por quase R$ 1,6 bilhão
Governador Ronaldo Caiado comunicou, pelas redes sociais, o fechamento do acordo entre a Enel e a Equatorial Energia
atualizado
Compartilhar notícia
Goiânia – O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), comunicou pelas redes sociais, nesta sexta-feira (23/9), a oficialização da venda do serviço de distribuição de energia elétrica, no estado, da Enel para a empresa Equatorial Energia.
O acordo comercial entre as duas companhias foi fechado em R$ 1,575 bilhão. Ele destacou no comunicado que a venda está relacionada ao fato de que a Enel não conseguiu, até então, prestar um serviço de qualidade. Alvo de inúmeras reclamações, a empresa ficou marcada, em Goiás, pelas constantes quedas de energia.
A Enel passou a operar no estado, depois da compra da Celg D, em 2017. A empresa pagou R$ 2,1 bilhões e iniciou os trabalhos com a promessa de que iria reduzir os problemas em, pelo menos, 40%. Como as quedas continuaram, Caiado começou a pressionar para que o serviço fosse repassado para outra empresa.
“Exigimos que [a Enel] cumprisse tudo aquilo que havia assinado no contrato no momento da compra da Celg. E, mesmo assim, eles não cumpriram. Mas, como eles tinham um contrato por cinco anos, nós vimos que eles foram prorrogando dia a dia. Mas estávamos ali insistindo, cobrando mais. Quando eles viram que ia para a caducidade, ou seja, o cancelamento do contrato, eles rapidamente venderam para a Equatorial”, expôs Caiado no comunicado desta sexta.
Veja a fala do governador:
View this post on Instagram
A Equatorial é responsável pela distribuição de energia no Maranhão, Piauí, Pará, Rio Grande do Sul, Alagoas e Amapá. Assim como a Enel, conforme o ranking da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), ela também está entre as três piores empresas de distribuição de energia do país.
Com o fechamento do acordo, ela vai assumir, ainda, um total de R$ 5,7 bilhões em empréstimos feitos pela Enel. O processo de transferência e transição de uma empresa para outra deverá ocorrer até o final deste ano, conforme previsão do estado.