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Empresas de transporte coletivo exigem compensação após alta do diesel

Segundo associação, reajuste de 24,9% do óleo diesel terá impacto nos custos das empresas e deverá ser repassado às tarifas de passagens

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Postos de combustíveis Gasolina Álcool Diesel
1 de 1 Postos de combustíveis Gasolina Álcool Diesel - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

A Associação Nacional das Empresas de Transportes Públicos (NTU) afirmou que o custo das empresas operadoras de transporte coletivo deve aumentar em 7,5%, devido ao impacto do reajuste de 24,9% do óleo diesel nas distribuidoras, anunciado pela Petrobras nesta quinta-feira (10/3).

Segundo a associação, os aumentos terão que ser repassados ao bolso dos passageiros, caso “não sejam compensados pelo poder público”. “O novo reajuste aumentou a participação do diesel no custo geral das operadoras do transporte público, de 26,6% para 30,2%; o diesel é o segundo item de custo que mais pesa no valor da tarifa, depois da mão de obra”, diz o comunicado.

A entidade sustenta que os reajustes acumulados do diesel “já aumentaram os custos do transporte público por ônibus em 10,6% só este ano”. Segundo a Associação Nacional das Empresas de Transportes Públicos (NTU), esses aumentos terão que ser repassados às tarifas caso não sejam compensados pelo poder público, “porque muitas empresas de ônibus urbano de todo o país ficarão impossibilitadas de continuar suas operações, o que afetará diretamente a vida de 43 milhões de passageiros que dependem desse serviço todos os dias”.

A entidade pede ainda atuação do governo federal para enfrentar a situação: “A guerra da Ucrânia está servindo como justificativa para aumentos abusivos e inoportunos (…). Existem algumas propostas em debate no Congresso Nacional para conter o reajuste dos combustíveis, que podem ser melhoradas. Mas nem elas avançam, pela falta de consenso interno e de articulação do Governo”, afirma o presidente executivo da NTU, Francisco Christovam.

Após dois meses sem aumentos, a Petrobras confirmou que, a partir desta sexta-feira (11/3), os preços de combustíveis em todo o país vão subir. O valor da gasolina para o consumidor final pode ficar mais caro R$ 0,54. O preço médio do combustível para as distribuidoras passará de R$ 3,25 para R$ 3,86 por litro, aumento de 18,8%. Para o diesel, o preço médio passará de R$ 3,61 para R$ 4,51 por litro, alta de 24,9%.

O GLP, conhecido como gás de cozinha, também ficou mais caro. O preço médio de venda do GLP da Petrobras para as distribuidoras foi reajustado em 16,1% e passará de R$ 3,86 para R$ 4,48 por quilo, equivalente a R$ 58,21 por 13 kg.

Entenda como funciona o cálculo do preço da gasolina no Brasil:

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Há quatro tributos que incidem sobre os combustíveis vendidos nos postos: três federais (Cide, PIS/Pasep e Cofins) e um estadual (ICMS)
No caso da gasolina, de acordo com dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), a composição do preço nos postos se dá por uma porcentagem em cima de cada tributo
O preço na bomba incorpora a carga tributária e a ação dos demais agentes do setor de comercialização, como importadores, distribuidores, revendedores e produtores de biocombustíveis
Além do lucro da Petrobras, o valor final depende das movimentações internacionais em relação ao custo do petróleo, e acaba sendo influenciado diretamente pela situação do real – se mais valorizado ou desvalorizado
A composição, então, se dá da seguinte forma: 27,9% – tributo estadual (ICMS); 11,6% – impostos federais (Cide, PIS/Pasep e Cofins); 32,9% – lucro da Petrobras; 15,9% – custo do etanol presente na mistura e 11,7% – distribuição e revenda do combustível
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O preço da gasolina tem uma explicação! Alguns índices são responsáveis pelo valor do litro de gasolina, que é repassado ao consumidor na hora de abastecer

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Há quatro tributos que incidem sobre os combustíveis vendidos nos postos: três federais (Cide, PIS/Pasep e Cofins) e um estadual (ICMS)

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No caso da gasolina, de acordo com dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), a composição do preço nos postos se dá por uma porcentagem em cima de cada tributo

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O preço na bomba incorpora a carga tributária e a ação dos demais agentes do setor de comercialização, como importadores, distribuidores, revendedores e produtores de biocombustíveis

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Além do lucro da Petrobras, o valor final depende das movimentações internacionais em relação ao custo do petróleo, e acaba sendo influenciado diretamente pela situação do real – se mais valorizado ou desvalorizado

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A composição, então, se dá da seguinte forma: 27,9% – tributo estadual (ICMS); 11,6% – impostos federais (Cide, PIS/Pasep e Cofins); 32,9% – lucro da Petrobras; 15,9% – custo do etanol presente na mistura e 11,7% – distribuição e revenda do combustível

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O disparo da moeda americana no câmbio, por exemplo, encarece o preço do combustível e pode ser considerado o principal vilão para o bolso do consumidor, uma vez que o Brasil importa petróleo e paga em dólar o valor do barril, que corresponde a mais de R$ 400 na conversão atual

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A alíquota do ICMS, que é estadual, varia de local para local, mas, em média, representa 78% da carga tributária sobre álcool e diesel, e 66% sobre gasolina, segundo estudos da Fecombustíveis

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