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Empresários usam bolsonarismo para vender casa e visto nos EUA

Um corretor de imóveis brasileiro em Orlando foi para a frente da casa de Bolsonaro fazer propaganda e tentar vender um imóvel na região

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Ricardo Molina - bolsonarismo corretor - Metrópoles
1 de 1 Ricardo Molina - bolsonarismo corretor - Metrópoles - Foto: Reprodução/Youtube

Empresários estão aproveitando o bolsonarismo para vender produtos para brasileiros nos Estados Unidos. Tem corretor de imóveis usando a mudança de Jair Bolsonaro (PL) para o país como marketing e promoção para conseguir visto nos EUA para fugir de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Ao fazer propaganda da venda de casas, o corretor Ricardo Molina gravou um vídeo na nova rua de Bolsonaro, no dia 31 de dezembro. O ex-presidente e a família estão passando uma temporada em Orlando, na Flórida, na casa do ex-lutador José Aldo.

“É natural, ele (Bolsonaro) estava meio chateado no Brasil, meio deprimido, perdeu a eleição, então ele vem para um lugar onde tem muita gente que gosta dele, que é essa região da Flórida, Orlando e Miami. Aqui, ele venceu a eleição com mais de 75% dos votos”, comenta Ricardo enquanto cita modelos e preços de casas no mesmo bairro.

Veja o vídeo:

Cliente bolsonarista

Molina, que é corretor desde 2004, gravou o vídeo enquanto dezenas de brasileiros se aglomeravam em frente à casa em que o ex-presidente está hospedado. Bolsonaro, inclusive, sai da residência para cumprimentar apoiadores durante o vídeo de vendas do corretor brasileiro.

“Se você quiser uma casa aqui, tenho uma opção que é minha favorita: casa de oito dormitórios, sete banheiros, à venda por 750 mil dólares (cerca de R$ 3,9 milhões) e você pode ter uma mesma casa no condomínio do José Aldo (onde Bolsonaro mora)”, acrescenta o corretor.

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Leonardo Freitas oferece promoção para levar bolsonaristas para os EUA
Corretor Ricardo Molina usou bairro de Bolsonaro para fazer propaganda de imóveis
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Corretora Noemi Souza publica fotos com Bolsonaro em sua página que vende imóveis

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Leonardo Freitas oferece promoção para levar bolsonaristas para os EUA

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Corretor Ricardo Molina usou bairro de Bolsonaro para fazer propaganda de imóveis

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Ricardo Molina chega a orientar como chegar na casa em que Bolsonaro está morando. Ele explica que é possível estacionar em um posto próximo e terminar o caminho a pé, caso a guarita de entrada esteja fechada, e dá uma dica: no dia seguinte à publicação do vídeo, o ex-presidente brasileiro vai jogar futebol na cidade vizinha Celebration.

Também corretora de imóveis na região de Orlando, Noemi Souza mescla, em suas redes sociais, publicações oferecendo imóveis e manifestando apoio a Jair Bolsonaro, inclusive tirando fotos ao lado dele.

Nos comentários das publicações, clientes em potencial exaltam e elogiam os posts com o ex-presidente. Em uma delas, a corretora tem uma camiseta da Seleção Brasileira autografada por Bolsonaro.

Venda de visto

Outro que usou o bolsonarismo para oferecer seu produto foi o analista de imigração Leonardo Freitas. No caso, ele fez uma promoção de sua consultoria migratória, a Hayman-Woodward.

Essa empresa cobra normalmente 32 mil dólares (cerca de R$ 168 mil) para fazer o pleito migratório de brasileiros para os EUA, que na prática é assessorar a mudança para o país e garantir um visto de permanência. A promoção diante do contexto da vitória de Lula é de abaixar esse valor para 15 mil dólares (aproximadamente R$ 78 mil), parcelado em até cinco vezes, segundo Freitas.

“Você quer realmente sair do Brasil? Você realmente quer mudar a sua vida? Porque não adianta você tapar o sol com a peneira, o ‘nine finger’ (nove dedos em inglês) vai ficar, não tem jeito. (…). Se está tão desesperado assim, não vai quebrar o Congresso. Deixa esse povo aí quebrar a cara e vai buscar o seu futuro”, afirma Leonardo Freitas no vídeo.

A fala do analista de imigração foi feita após o protesto violento de bolsonaristas em Brasília no domingo (8/1), quando manifestantes invadiram o Congresso Nacional, o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Palácio do Planalto.

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