Empresários pressionam governo contra AliExpress, Wish e Shein
Em documento enviado à cúpula do governo, grupo falou em “contrabando digital” e disse que sofre com “concorrência desleal”
atualizado
Compartilhar notícia
Um grupo de empresários brasileiros, incluindo Luciano Hang, dono da rede de lojas Havan, entregou à cúpula do governo um documento com denúncias contra empresas de fora do país que vendem produtos a pessoas físicas no Brasil. Entre as empresas denunciadas estão AliExpress, Wish, Shopee, Shein e Mercado Livre. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
O documento, chamado de “Contrabando Digital”, faz supostas denúncias de “cross border” — prática que consiste na compra on-line de produtos de outros países, principalmente China e Estados Unidos.
No material entregue à Presidência, os empresários dizem que sofrem há anos com a concorrência desleal de produtos importados.
O documento, que chegou também à Procuradoria-Geral da República (PGR), cita a “construção de engenharia de como burlar a Receita”.
A ideia do grupo é que o governo federal promova mudanças tributárias, de modo que o consumidor pague os impostos relativos à transação no momento da compra, e não quando o produto importado passa pela Receita Federal e entra no Brasil.
Segundo dados contidos no material que já foi entregue ao presidente Jair Bolsonaro (PL) e ao ministro da Economia, Paulo Guedes, apenas 2% das entregas importadas são taxadas.
Os empresários acusam as empresas internacionais de subfaturamento de notas fiscais e a reetiquetagem na Suécia como tentativa de burlar a fiscalização.