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Empresário que ameaçou Lula já foi acusado de agredir a ex-esposa

Empresário teria batido na ex-esposa, em 2010. Ele nega. Laudo do IML comprovou que mulher sofreu lesões leves. Inquérito foi arquivado

atualizado

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José Sabatini, empresário que ameaçou Lula em vídeo
1 de 1 José Sabatini, empresário que ameaçou Lula em vídeo - Foto: Reprodução

O empresário José Sabatini, de 70 anos, que ameaçou, com uma arma na mão, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em vídeo que circula nas redes sociais, já foi acusado no âmbito da Lei Maria da Penha após, supostamente, agredir a ex-esposa.

O homem ficou proibido de se aproximar da ex-companheira, a empresária Antonieta Sabatini, 70 anos, dos familiares e da residência dela, por ao menos 500 metros, durante a apuração do inquérito policial que investigou a suposta briga deles. O Metrópoles teve acesso à íntegra do processo.

O procedimento, contudo, foi arquivado em seis meses, após o Ministério Público de São Paulo (MPSP), mesmo com laudo do Instituto Médico Legal (IML) atestando marcas de agressões na mulher, entender que as “versões contraditórias das partes” não possibilitaram saber quem estava falando a verdade.

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Empresário que ameaçou Lula foi alvo de intimação no âmbito da Lei Maria da Penha
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Empresário que ameaçou Lula foi alvo de intimação no âmbito da Lei Maria da Penha

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Empresário que ameaçou Lula foi alvo de intimação no âmbito da Lei Maria da Penha

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A briga ocorreu na manhã do dia 8 de dezembro de 2010, nas dependências da empresa Exact Power, em Artur Nogueira (SP) – cidade a 121 km da capital, São Paulo (SP), na região de Campinas, onde o empresário mora ainda hoje. A empresa pertence a José Sabatini e ao filho dele, Amilcar Donizeti Sabatini.

No boletim de ocorrência (BO), a mulher registrou ter sido agredida pelo ex-esposo após “ter ido conversar com ele sobre a venda da única casa que mora”. O imóvel estava em nome da empresa Exact Power, e, segundo a vítima, ele “começou a ameaçá-la”.

A conversa logo se transformou em uma discussão. Em seguida, José Sabatini, na época com 59 anos, teria agredido a ex-esposa. Antonieta contou que o homem a atingiu no braço, no pescoço e na cabeça. O filho deles, Amilcar, entrou na sala e tentou defender a mãe, mas também foi agredido, segundo a versão dela.

O empresário também registrou um boletim de ocorrência. Por sua vez, ele alegou que estava trabalhando quando, “inesperadamente”, a ex-esposa e o filho adentraram na sala de reuniões da empresa. José disse também que, “aos tapas e socos, rasgaram-lhe totalmente sua camisa”.

O filho dele também teria o derrubado, “desacordando-o por completo”. “Funcionários da empresa, ouvindo gritos naquela sala, adentraram na mesma, e afastaram Almicar da vítima, pois aquele continuava a chutar e esmurrar José Sabatini, que já se encontrava no solo desacordado”, conta o BO.

José Sabatini relatou ter ficado com várias escoriações, inchaços e hematomas na cabeça. Apesar de ser orientado para tal, ele não fez o exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML), tendo passado somente pelo Pronto-Socorro da cidade.

Antonieta foi atendida no Pronto-Socorro Municipal de Artur Nogueira e disse que o ex-esposo a agrediu com as mãos. Laudo do Instituto Médico Legal (IML) atestou que a mulher apresentou “equimose amarelada” e “escoriações” no braço direito e “rubefação” na região da cervical.

O exame concluiu que a vítima sofreu lesões de natureza leve e que houve “ofensa à integridade corporal ou à saúde” da vítima. José Sabatini negou a acusação de agressão feita e afirmou que apenas se defendeu.

Empresário que ameaçou Lula foi alvo de intimação no âmbito da Lei Maria da Penha
Laudo do IML comprovou que Antonieta sofreu agressões leves

Ao analisar o inquérito policial, o Ministério Público de São Paulo (MPSP) entendeu, no entanto, que o arquivamento do procedimento “é medida que se impõe, porquanto os elementos de convicção colhidos são frágeis a embasarem uma ação penal”.

A promotora de Justiça Mariana Fittipaldi e uma estagiária do MPSP, que também assina o pedido de arquivamento, afirmam mostrar-se inviável “conclusão plausível e segura” acerca da autoria do crime.

“Há nos autos apenas as versões contraditórias das partes envolvidas, não se podendo aferir quem está retratando fielmente a verdade do ocorrido e qual delas visa apenas deturpar a dinâmica dos fatos, não se logrando esclarecer qual dos envolvidos iniciou as agressões e quais deles apenas se defendeu dos ataques perpetrados”, ressaltou a procuradoria.

Outro lado

José Sabatini foi procurado, mas o Metrópoles não conseguiu entrar em contato diretamente com o empresário. A empresa Exact Power não colaborou com a apuração. O espaço segue aberto para manifestações.

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