Empresário investigado por câmera escondida é suspeito de estupro
Segundo a polícia, o crime ocorreu quando a menina tinha 10 anos, mas o empresário só foi denunciado após a exposição do caso da câmera
atualizado
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De acordo com a Polícia Civil de Goiás (PCGO), o empresário Francismar Fernandes da Silva, investigado por instalar uma câmera escondida no banheiro de uma casa alugada, também é suspeito de estupro contra uma criança quando ela tinha apenas 10 anos.
Segundo a delegada Aline Lopes, a vítima procurou a corporação e denunciou o caso, após a repercussão da investigação sobre a câmera escondida e a prisão do homem. Conforme a vítima, o crime também ocorreu em Anápolis, a cerca de 55 km da capital goiana.
Com a denúncia, um novo inquérito foi aberto para investigar o caso.
Estupro de vulnerável
De acordo com a delegada, a vítima relatou que o suspeito se aproveitava da facilidade de estar com ela para estuprá-la. Além disso, a vítima contou que Francismar a forçava a assistir vídeos pornográficos enquanto era abusada.
Segundo a investigadora, a menina chegou a contar sobre o abuso para os familiares, mas ficou com medo de que não acreditassem nela. Ainda segundo a polícia, o relato dela é consistente e há outros indícios que confirmam a versão.
A Polícia Civil não informou o ano em que o crime ocorreu para evitar exposição da vítima, e não atrapalhar as investigações.
Câmera em banheiro
Francismar Fernandes foi preso de forma preventiva no último 19 de abril, após ter instalado uma câmera escondida no banheiro de uma casa que alugou para uma família, em Anápolis. A câmera filmou banhos e a rotina da família, que conta com uma adolescente e uma criança, por cerca de 15 dias.
O equipamento só foi descoberto quando a adolescente, de 16, flagrou o empresário dentro do banheiro da residência, após ouvir o cachorro latindo em direção ao cômodo. Ao desconfiar da atitude do locador, ela acabou encontrando a câmera escondida instalada na tomada.
A Polícia Civil divulgou a foto de Francismar “tendo em vista o interesse público de identificar outras eventuais vítimas de crimes praticados” por ele. Isso porque, como o suspeito é dono de uma empresa de energia solar, com acesso ao interior de várias casas, a polícia acredita na possibilidade da existência de mais vítimas.