Empresária tem pulmão perfurado ao fazer sessão de acupuntura em MT
Segundo laudo do hospital, Jessika Aldrey Germiniani, de 26 anos, ficou com “presença de ar entre as duas camadas da pleura”
atualizado
Compartilhar notícia
A empresária Jessika Aldrey Germiniani, de 26 anos, teve o pulmão perfurado ao realizar uma sessão de acupuntura para aliviar dores no pescoço. O procedimento ocorreu nessa segunda-feira (11/10), no município de Sorriso (MT). A moça procurou o hospital horas depois, com dor e falta de ar, e passou por cirurgia de emergência. As informações são do portal G1.
“Fiquei apavorada quando o médico falou que eu precisava de uma cirurgia de emergência. Comecei chorar, entrei em choque. Tenho um filho de 5 anos que hoje poderia estar sem mãe. O médico disse que ganhei uma nova vida”, disse.
Jessika relatou que procurou a massoterapeuta se queixando de dores no pescoço. A profissional, que atende os clientes na casa dela, insistiu em realizar a sessão de acupuntura nas costas para acelerar a recuperação.
“Eu senti muita dor na hora, mas ela falou que fazia parte do procedimento e me liberou para ir para casa. No mesmo momento, comecei a sentir dor e falta de ar. Cheguei em casa tentei deitar, mas não conseguia e a falta de ar foi aumentando”, relatou.
O G1 entrou em contato com a massoterapeuta, mas não obteve resposta.
A empresária procurou uma fisioterapeuta com quem já havia feito sessões de acupuntura em busca de saber o que aconteceu.
“Ela sugeriu que poderia ter acontecido o mais improvável, que era ter perfurado meu pulmão, e pediu para eu procurar o hospital imediatamente. Também liguei para a massagista para perguntar quantos centímetros ela havia enfiado a agulha, mas ela não explicou direito, falou que era coisa da minha cabeça”, contou.
A tomografia de Jessika apontou perfuração no pulmão. Segundo o laudo elaborado pelo hospital, Jessika sofreu “presença de ar entre as duas camadas da pleura (membrana fina, transparente, de duas camadas que reveste os pulmões e o interior da parede torácica), resultando em colapso parcial ou total do pulmão”.
“Fiquei apavorada. No momento que saí da tomografia, vi o médico vindo na minha direção com uma expressão no rosto de que não daria boas notícias. Foi uma situação extremamente delicada. Ele [médico] disse que um dia a mais em casa teria sido fatal. Eu iria morrer em casa sem ninguém saber o que estava acontecendo”, pontuou.
A empresária deve ficar com o dreno até limpar todo o ar presente no pulmão. Depois, será acompanhada por um fisioterapeuta.