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Autoridades do Rio apontam empresa que despejou substância no Guandu

A Burn pode ser multada em até R$ 50 milhões por crime ambiental no Guandu. A polícia também pediu a suspensão das atividades da empresa

atualizado

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Reprodução/Redes Soiciais
Imagem colorida da espuma no rio Guandu, no Rio de Janeiro, que causou desabastecimento de água - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida da espuma no rio Guandu, no Rio de Janeiro, que causou desabastecimento de água - Metrópoles - Foto: Reprodução/Redes Soiciais

A Burn Indústria e Comércio Ltda, empresa de Queimados, na Baixada Fluminense, foi responsável pelo despejo de substância que causou a paralisação da captação e distribuição na Estação de Tratamento de Água (ETA) do Guandu, na última segunda (28/8), deixando mais de 11 milhões de pessoas sem água.

Investigações da Polícia Civil, do Instituto Estadual do Ambiente (Inea) e da Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro (Cedae) confirmaram, na terça-feira (29/8), o despejo de surfactante — composto presente em detergentes — no Rio Queimados que provocou a paralisação do Guandu por mais de 13 horas.

Em coletiva na sede da Cedae na tarde de terça, o secretário estadual do Ambiente e Sustentabilidade, Thiago Pampolha, disse que equipes da força-tarefa visitaram todas as empresas da região do Distrito Industrial de Queimados para verificar indústrias que produzem o componente químico (surfactante) encontrado no manancial.

“Foi feito, então, o cruzamento do material coletado, e o resultado mostrou, de forma inequívoca, que a empresa efetivamente contribuiu para esse crime ambiental. Mas não excluímos outras contribuições”, explicou Pampolha.

De acordo com a Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro e o Instituto Estadual do Ambiente (Inea), a empresa Burn pode ser multada em até R$ 50 milhões por crime ambiental, segundo o o presidente do Inea, Philipe Campelo.

“A empresa vai ser enquadrada na Lei 3.647/2000, nos artigos 61 e 93. Este auto de constatação já está emitido”, disse Campelo.

Equipes da força-tarefa voltam a campo, nesta quarta (30/8), para realizar novas vistorias no manacial do Guandu.

Imagem colorida da Estação de Tratamento de Água (ETA) Guandu - Metrópoles
Manancial do Guandu, Rio de Janeiro

A Polícia Civil também informou que, por meio Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA), vai pedir interdição das atividades da Burn “pela prática do crime de poluição hídrica”.

Anteriormente causa do descumprimento de licença ambiental municipal, a Prefeitura de Queimados já havia embargado administrativamente a empresa.

Entenda o caso no rio Guandu

A Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro (Cedae) interrompeu, na madrugada de segunda-feira (28/8), o abastecimento de água da Estação de Tratamento de Água (ETA) Guandu, devido à presença de uma “espuma de origem desconhecida no manancial”.

Posteriormente, o componente químico foi identificado como surfactante. A operação na estação Guandu apenas voltou a operar com 100% da capacidade às 4h17 de terça-feira (29/8), de acordo com um novo parecer do Cedae.

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