Empresa de móveis luxuosos é suspeita em golpe de R$ 4 milhões
Empresa goiana de Rio Verde teria dado golpe em clientes e empresários que compraram franquias em pontos espalhados pelo país
atualizado
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Goiânia – A Polícia Civil de Goiás deflagrou uma grande operação nesta quinta-feira (11/8) contra a Spazi Design, empresa goiana de móveis planejados de luxo que teria aplicado golpes em clientes e empresários que compraram franquias da marca.
Cálculo inicial do Grupo de Repressão a Crimes Patrimoniais (Gepatri) é que prejuízos causados por golpes somam R$ 4 milhões. Foram cumpridos 47 mandados de busca e apreensão nesta quinta, que incluem 25 cidades de oito estados brasileiros.
A Spazi Design é uma empresa de Rio Verde, na região sudoeste de Goiás que promete “móveis planejados para a realização dos seus sonhos”. A empresa expandiu bastante e tem presença em vários municípios de sete estados.
O grupo teve até um espaço na CASACOR Goiás 2021, mostra que é referência em arquitetura, design de interiores e paisagismo.
Prejuízo
No entanto, segundo investigação da Polícia Civil, a Spazi teria aplicado vários tipos de golpes. O grupo não entregava ou entregava parcialmente as encomendas, além de entregar mobiliário de qualidade inferior ao contratado, de acordo com a polícia.
Além disso, a empresa teria realizado financiamentos bancários fraudulentos sem a anuência das vítimas. Até os empresários que compraram franquias da Spazi teriam ficado no prejuízo, já que teriam pago taxas de franquia, mas não teriam tido amparo comercial após esses pagamentos.
Caso anterior
Uma outra investigação da Polícia Civil de Goiás, de fevereiro deste ano, apontou a Spazi Design como responsável por práticas de estelionato e crimes contra as relações de consumo.
“A investigação agora prossegue com os interrogatórios dos diretores, gerentes e funcionários integrantes da organização criminosa, além das declarações de franquiados e vítimas em todo o país”, disse o delegado Luiz Gonzaga, responsável pela apuração.
A polícia contabiliza mais de 40 vítimas. A reportagem entrou em contato com a Spazi, mas não obteve retorno até a publicação desta matéria.
A polícia informou que divulgou o nome da empresa investigada para informar a comunidade e identificar eventuais outros envolvidos e que as vítimas possam trazer mais elementos de prova.