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Empresa de ex-mulher de Wassef é responsável pela cibersegurança do STJ

A Globalweb, da família de Cristina Boner, tem ao menos dois contratos com o tribunal e é investigada pelo TCU por negócios com o governo

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Igo Estrela/ Metrópoles
Advogado pessoal do presidente Bolsonaro, Frederick Wassef
1 de 1 Advogado pessoal do presidente Bolsonaro, Frederick Wassef - Foto: Igo Estrela/ Metrópoles

A empresa responsável pela segurança do sistema eletrônico do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Globalweb, é da família de Cristina Boner, ex-mulher do advogado Frederick Wassef, que atuou para a família do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). A rede da Corte sofreu um ataque hacker na última quinta-feira (4/11) e ainda se encontra em fase de recuperação.

Wassef foi alvo de holofotes, em junho deste ano, quando a Polícia Federal descobriu que ele escondia, em um sítio em Atibaia, o ex-assessor Fabrício Queiroz, acusado de integrar um esquema de “rachadinha” ao lado de um dos filhos de Bolsonaro, o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ).

A Globalweb, da ex-mulher de Wassef, tem ao menos dois contratos com o STJ. A informação foi noticiada pelo portal O Bastidor e confirmada pelo Metrópoles. Os contratos constam no Diário Oficial da União (DOU).

Um dele prevê o suporte completo ao sistema de Justiça do tribunal – área em que estão os processos e as peças. O serviço inclui a segurança, o armazenamento, o banco de dados e a virtualização de todo o ambiente tecnológico.

A parte mais relevante do contrato é garantir a segurança dos sistemas do tribunal. São três níveis de segurança e, o mais crítico, é chamado internamente de nível três. Ele dispõe sobre a proteção dos bancos de dados que foram criptografados pelo hacker.

Investigação no TCU

Em setembro deste ano, o Tribunal de Contas da União (TCU) abriu um processo para apurar se houve direcionamento na contratação da Globalweb pelo governo de Jair Bolsonaro. O órgão avalia se houve uma possível intermediação de Wassef nos contratos.

O processo no TCU foi aberto após pedido do Ministério Público e de três deputados do PT a partir de reportagens que revelaram, em junho, que a empresa da ex-mulher de Wassef obteve, no governo de Bolsonaro, mais repasses de dinheiro do que recebia proporcionalmente nos governos de Dilma Rousseff (PT) e Michel Temer (MDB).

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