metropoles.com

Emendas e cortes: governo tenta conter crise, mas situação é incerta

Parlamentares indicam que a votação do pacote de revisão de gastos públicos só será votado depois de resolver o impasse das emendas

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Igo Estrela/Metrópoles @igoestrela
Estátua da Justiça em frente ao prédio do STF, em imagem noturna -- Mertrópoles
1 de 1 Estátua da Justiça em frente ao prédio do STF, em imagem noturna -- Mertrópoles - Foto: <p>Igo Estrela/Metrópoles<br /> @igoestrela</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-geral-quadrado-1"></div></div> </p><div class=""><div id="teads-ad-1"></div><script type="text/javascript" class="teads" async="true" src="//a.teads.tv/page/68267/tag"></script> </div></p><div class="m-wrapper-banner-video"><div class="m-banner-video m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div class="MTP_VIDEO" id="publicidade-video"></div></div></div></p>

O governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) enfrenta um momento delicado com o Congresso Nacional neste fim de ano. Enquanto o Palácio do Planalto tenta destravar a votação do pacote de revisão de gastos públicos, a insatisfação dos parlamentares com a liberação das emendas adia a votação das propostas.

Lula se reuniu com os presidentes do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), para discutir a liberação dos recursos indicados pelos parlamentares ao Orçamento da União.

O encontro aconteceu depois do ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), rejeitar integralmente os questionamentos apresentados pela Advocacia-Geral da União (AGU) na decisão do magistrado que liberou as emendas parlamentares.

A AGU questionou a exigência prévia de plano de trabalho para as chamadas “emendas Pix”, identificação do parlamentar nas emendas de bancada e de comissão e de regras para limite de crescimento das emendas.

Reação do Congresso

A decisão do ministro Flávio Dino não foi bem recebida pelo Congresso Nacional. A negativa por parte do STF foi acumulada ao ressentimento dos parlamentares, que aguardavam a execução das emendas parlamentares represadas.

A expectativa dos deputados e senadores era de que os recursos fossem pagos na sexta-feira (6/12), mas isso não ocorreu. Com isso, o prazo passou para essa segunda, no entanto, o pagamento não aconteceu novamente.

Com isso, o líder do governo Lula no Congresso, o senador Randolfe Rodrigues (PT-AP), indicou que a AGU trabalha em uma portaria que permitirá o pagamento de R$ 6,4 milhões até o final do ano. É esperado que o instrumento seja apresentado até terça-feira (10/12).

O Planalto espera liberar R$ 4,1 bilhões em emendas de comissão e R$ 2,3 bilhões em emendas de bancada.

O secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, informou que o governo trabalha para esclarecer as distorções apresentadas diante da decisão do ministro Flávio Dino com o intuito de votar o pacote de revisão de gastos. “A Secretaria do Tesouro, como executor, e os outros órgãos do governo vão executar na linha do que foi decidido, do que foi interpretado pela AGU”, destacou.

Clima tenso na Câmara

O Metrópoles conversou com deputados que indicaram que nada será votado na Câmara, de interesse do governo, até resolver o impasse em torno das emendas parlamentares. O Congresso Nacional ainda precisa votar as leis de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e Orçamentária Anual (LOA).

O deputado Elmar Nascimento (União-BA), líder do União e do maior bloco da Câmara, enfatizou que não há clima para votação do pacote de revisão de gastos. O parlamentar ainda apontou o possível envolvimento do Planalto na decisão de Dino.

“O problema da turma toda aqui é que ninguém acredita que não é jogo combinado”, afirmou Elmar.

Para amenizar a situação, o líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), reforçou que há espaço para diálogo dentro da Casa Legislativa e que há clima sim para deliberação a respeito do tema.

“É proibido proibir nesta semana debate, conversa, diálogo, como nós temos feito durante todo o dia. Portanto, o clima está bom, eu sou otimista quanto às chances de nós voltarmos até o dia 20, 21”, salientou Guimarães.

O líder do PT na Câmara, Odair Cunha (MG), reforçou que há pontos que podem ser mudados no pacote do governo, mas que para isso é preciso que o presidente da Casa indique os relatores das propostas. “Essa fase da tramitação implica que o presidente Arthur Lira precisa indicar o relator e essas alterações devem constar do relatório. E é claro, eu espero com a anuência do governo.”

Lira aguarda o pagamento das emendas parlamentares para apresentar quem irá relatar os três projetos do pacote.

Veja pontos dos projetos de corte de gastos entregues ao Congresso

A tesourada do governo inclui medidas de revisão de despesas obrigatórias e mudanças em benefícios sociais. A expectativa do governo Lula é economizar aproximadamente R$ 70 bilhões nos próximos dois anos.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?