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Embaixadores de Américas, Europa e Japão cobram “veemência” do Brasil

Embaixada alemã em Brasília uniu diplomatas e convocou jornalistas para passar ao governo brasileiro pedido de “condenação” a ataque russo

atualizado

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Ponte sobre o rio Teteriv - Metrópoles
1 de 1 Ponte sobre o rio Teteriv - Metrópoles - Foto: Reprodução

Nesta sexta-feira (25/2), dia em que uma resolução condenando o ataque russo à Ucrânia será votada no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), embaixadores em serviço no Brasil convocaram a imprensa nacional para demonstrar incômodo com a posição do Brasil em relação ao conflito e pedir uma “condenação veemente”.

“Estamos passando uma mensagem muito clara ao governo brasileiro, que tem a responsabilidade grande, por estar membro do Conselho de Segurança”, afirmou o embaixador que representa a União Europeia, Ignacio Ybañez.

“Precisamos de uma condenação clara e unânime de todas as nações membros da ONU, incluindo o Brasil”, cobrou Heiko Thoms, embaixador da Alemanha e anfitrião do evento que ocorre no início da tarde de sexta, horas antes da votação.

“Esse não é só um problema europeu”, disse o embaixador japonês, Teiji Hayashi. “Se ignorarmos agora uma agressão como essa, no futuro, o mesmo pode ocorrer na Ásia ou na América Latina”, argumentou ele.

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Após sucessivos bombardeios, o país tenta, junto da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), negociar um cessar-fogo
Tanques militares russos e veículos blindados avançaram em Donetsk, Ucrânia, região que teve a independência russa reconhecida nos últimos dias
Autoridades de segurança ucranianas garantem que há combates em quase todo o território e que os confrontos militares são intensos. Segundo o governo ucraniano, já passam de 200 os ataques russos ao país
Os militares da Ucrânia afirmaram que destruíram quatro tanques russos em uma estrada perto da cidade de Kharkiv, no leste do país, e mataram 50 soldados dos inimigos na região de Luhansk
A imprensa russa informou que membros de uma milícia em Donetsk, uma das regiões separatistas da Ucrânia, estão prontos para apoiar a invasão
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A invasão russa da Ucrânia ocorreu na madrugada de 24 de fevereiro, horário de Brasília. Logo em seguida, as sirenes da capital Kiev começaram a tocar. O som foi o primeiro alerta de um possível ataque aéreo na região

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Após sucessivos bombardeios, o país tenta, junto da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), negociar um cessar-fogo

Gabinete do Presidente da Ucrânia
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Tanques militares russos e veículos blindados avançaram em Donetsk, Ucrânia, região que teve a independência russa reconhecida nos últimos dias

Foto de Stringer/Agência Anadolu via Getty Images
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Autoridades de segurança ucranianas garantem que há combates em quase todo o território e que os confrontos militares são intensos. Segundo o governo ucraniano, já passam de 200 os ataques russos ao país

Foto de Wolfgang Schwan/Agência Anadolu via Getty Images
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Os militares da Ucrânia afirmaram que destruíram quatro tanques russos em uma estrada perto da cidade de Kharkiv, no leste do país, e mataram 50 soldados dos inimigos na região de Luhansk

Foto de Oliver Dietze/picture Alliance via Getty Images
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A imprensa russa informou que membros de uma milícia em Donetsk, uma das regiões separatistas da Ucrânia, estão prontos para apoiar a invasão

Pierre Crom/Getty Images
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Segundo a agência de notícias Reuters, militares ucranianos afirmam ter abatido cinco aviões russos, além de um helicóptero, na região de Luhansk, um dos dois territórios separatistas da Ucrânia

Foto do Ministério do Interior da Ucrânia/Divulgação/Agência Anadolu via Getty Images
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Diante do ataque russo, cidadãos ucranianos deixaram as suas casas, localizadas em zonas de conflito, e recorreram aos trens

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Pessoas também esperam ônibus em rodoviária na tentativa de deixar Kiev, capital da Ucrânia

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Habitantes de Kiev deixaram a cidade após ataques de mísseis pré-ofensivos das forças armadas russas e da Bielorrússia

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Dois soldados russos foram levados como prisioneiros pela Ucrânia após a operação militar da Rússia

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Estrutura ficou danificada após ataque de mísseis em Kiev

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Um foguete foi registrado dentro de um apartamento após bombardeio de tropas russas em Piatykhatky, Kharkiv, nordeste da Ucrânia

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Ao redor do mundo, várias pessoas se manifestam contra o ataque russo à Ucrânia. "Pare a guerra", escreveu mulher em cartaz durante manifestação em frente ao Portão de Brandemburgo, na Alemanha

Kay Nietfeld/picture aliança via Getty Images
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A quantidade de aeronaves na base da Força Aérea dos EUA, na Alemanha, aumentou significativamente após os ataques russos à Ucrânia

Boris Roessler/picture Alliance via Getty Images

A reunião conta ainda com representantes diplomáticos em Brasília de Canadá, Estados Unidos, França, Grã-Bretanha e da própria Ucrânia. O embaixador do país atacado, Anatoly Tkach, agradeceu o apoio dos países que se opõem à guerra e recebeu a solidariedade dos colegas devido às perdas humanas no país.

Os Estados Unidos já haviam aberto, na quinta, essa pressão internacional sobre o Brasil.

Os embaixadores fizeram uma defesa das sanções econômicas que têm sido impostas à Rússia e ressaltaram a importância da união internacional em torno de princípios.

Incomoda a comunidade internacional a posição ambígua do Brasil até agora. O vice-presidente brasileiro, Hamilton Mourão, chegou a dizer, na quinta (24/2), que o país não estava neutro e condenava a invasão russa, mas foi desautorizado mais tarde pelo presidente Jair Bolsonaro (PL).

A posição do Brasil sobre a guerra não é de apoio aos russos, mas tem sido um pouco ambígua desde a visita do presidente Jair Bolsonaro à Rússia. Em 16 de fevereiro, o presidente brasileiro se reuniu com Putin em Moscou e disse que o Brasil era “solidário” ao país, que logo entraria em guerra.

Em nota divulgada no fim da manhã de quinta-feira sobre a invasão russa à Ucrânia, o Itamaraty informou que o Brasil acompanha “com grave preocupação” a deflagração das operações militares pela Rússia contra o país vizinho e pedia “suspensão imediata das hostilidades” na região.

Mais cedo, na quinta, o vice-presidente da República, Hamilton Mourão, foi mais duro e disse que o Brasil não concordava com a invasão russa

“O Brasil não está neutro. O Brasil deixou muito claro que ele respeita a soberania da Ucrânia, então o Brasil não concorda com a invasão do território ucraniano, isso é uma realidade”, afirmou ele a jornalistas ao chegar a seu gabinete, no prédio anexo ao Palácio do Planalto.

 

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