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Embaixador russo diz que pode ser “coelho de experimento” da Sputnik

A declaração foi dada nesta segunda-feira (17/5), durante audiência pública interativa da Comissão Temporária da Covid-19 no Senado Federal

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Cientista em laboratório
1 de 1 Cientista em laboratório - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

O embaixador da Rússia no Brasil, Alexey Labetskiy, afirmou que ele e a família estão prontos para ser “coelhos de experimento” em pesquisas sobre a eficácia e a segurança da vacina Sputnik-V, fabricada pelo Instituto Gamaleya.

A declaração foi dada nesta segunda-feira (17/5), durante audiência pública interativa da Comissão Temporária da Covid-19 no Senado Federal. Durante a reunião, autoridades discutiram entraves para aquisição de vacinas pelo país, a cooperação técnica internacional e as possibilidades de auxílio ao Brasil no combate ao coronavírus.

Alexey Labetskiy afirmou ter recebido as duas doses da vacina Sputink-V. A aplicação ocorreu entre os meses de janeiro e fevereiro, em Moscou, capital russa.

O embaixador disse que ele e a família “estão prontos” para ser voluntários de pesquisas sobre a segurança do imunizante.

“Caso seja necessário ter um coelho de experimentos para verificar a eficácia de vacina, eu e minha família estamos prontos para ser esses coelhos. Isso é importantíssimo. Estamos abertos para possível cooperação para as entidades brasileiras”, afirmou.

Durante a comissão, Labestkiy disse que o Brasil tem uma “medicina internacionalmente reconhecida”, e que a Rússia está disposta a participar de pesquisas sobre a eficácia da vacina. “Da nossa parte, estamos abertos e vamos continuar esse trabalho a um nível bilateral”, afirmou.

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Produção da vacina contra a Covid-19 Sputnik V em fábrica do DF
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Entraves

A vacina russa encontra uma série de entraves para aprovação na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Em abril, a agência negou o pedido de importação do imunizante russo, após pedido de 10 unidades federativas.

Bahia, Acre, Rio Grande do Norte, Maranhão, Mato Grosso, Piauí, Ceará, Sergipe, Pernambuco e Rondônia solicitaram a autorização excepcional e temporária para importação. O pedido permitiria que os imunizantes fossem comprados, distribuídos e aplicados na população.

Segundo a Anvisa, a fabricante do fármaco ainda não apresentou todos os documentos necessários para novas análises do imunizante.

Análise parada

O diretor-presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres, afirmou, na última terça-feira (11/5), que a análise de importação e uso emergencial da vacina russa Sputnik V está parada. Ele prestou depoimento na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid no Senado.

Segundo Barra Torres, a verificação está suspensa até que a desenvolvedora nacional do imunizante, a União Química, forneça as informações pendentes. “Essa responsabilidade é toda do desenvolvedor, apresentar respostas aos quesitos apresentados. Tão logo eles respondam, a análise será feita dentro do prazo legal e o nosso posicionamento será firmado”, disse.

O diretor-presidente da Anvisa enfatizou que a recusa de importação das doses não descredibiliza a eficácia do imunizante.

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