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Embaixador do Brasil na França culpa esquerda por hospitais lotados

Diplomata Luis Fernando Serra chegou a ser cogitado para assumir o Itamaraty, no lugar de Ernesto Araújo

atualizado

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Embaixador do Brasil na França, Luís Fernando Serra, é cotado para substituir Araújo
1 de 1 Embaixador do Brasil na França, Luís Fernando Serra, é cotado para substituir Araújo - Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado

O embaixador do Brasil na França, Luis Fernando Serra, afirmou à imprensa em Paris que a culpa por hospitais lotados hoje no país é da falta de investimentos da esquerda em saúde.

O diplomata foi convidado a participar da emissão da BMFTV na noite de terça-feira (13/4), depois de a França anunciar a suspensão de voos ao Brasil. Serra chegou a ser cotado para substituir Ernesto Araújo como chanceler. Ele é benquisto no Palácio do Planalto por defender o governo federal, inclusive em protestos diante da embaixada.

Ao tratar da crise de Covid-19 no Brasil, Serra não indicou qual seria a responsabilidade do presidente da República.

“Se os hospitais estão lotados é por causa dos 24 anos da esquerda no Brasil, que não construiu hospitais suficientes”, afirmou, segundo reportagem do portal UOL. “Não é por conta de o presidente se recusar a confinar o país?”, questionou o repórter.

Para o embaixador, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) não pode ser responsabilizado. Ele citou decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que conferiu a estados e municípios poder para estipular medidas restritivas locais.

“O STF decidiu que o presidente não tem o poder de confinar”, afirmou. “Isso precisamos dizer. Ele não teve o poder de confinar”, continuou. A rede de TV francesa ainda mostrou um trecho de um discurso de Bolsonaro no qual o presidente, em março, diz que o país precisa parar de chorar. “Você entende isso?”, perguntou o repórter ao diplomata.

“Claro que entendo. Ele é solidário e quer que as pessoas trabalhem”, respondeu o embaixador. Segundo ele, o confinamento impede os brasileiros de trabalhar e 35 milhões de pessoas precisam de renda diária para sobreviver. “Não há a cobertura social que existe na Europa”, justificou. Ele ainda alegou que, se não forem autorizadas a sair, essas pessoas “morrem de depressão ou de fome”.

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Bolsonaro participa de ato a favor do governo
Bolsonaro provoca aglomeração em eventos públicos que tem realizado pelo país
Presidente Jair Bolsonaro
Bolsonaro em cerimônia no Palácio do Planalto
Presidente cumprimenta apoiadores
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O presidente Jair Bolsonaro e a equipe do governo

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Bolsonaro participa de ato a favor do governo

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Bolsonaro provoca aglomeração em eventos públicos que tem realizado pelo país

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Bolsonaro em cerimônia no Planalto

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Presidente deixa o Palácio da Alvorada

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Bolsonaro durante coletiva no Palácio do Planalto

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Bolsonaro já encorajou a população a entrar nos hospitais e filmar os leitos de UTI

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Bolsonaro tira foto com apoiadores

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Suspensão de voos

O embaixador disse que não considerava a interrupção da ligação aérea entre França e Brasil como uma sanção, mas foi incisivo em alertar ao apresentador que ele deveria entender que o turismo não representa uma parte significativa da economia nacional.

“Não dependemos do turismo. Recebemos apenas 6,5 milhões estrangeiros que visitam o Brasil, um país de beleza extraordinária, enquanto a França recebe 95 milhões de estrangeiros. O peso do turismo não é enorme”, alegou.

Na entrevista, Serra foi confrontado com os dados de mortes por Covid-19 no Brasil e, diante do comentário do jornalista francês de que existe uma percepção de que Bolsonaro “não faz muita coisa” para lidar com a pandemia, o embaixador subiu o tom.

“Você acha que ele faz pouca coisa? Então, vou te dizer uma coisa: o Brasil é o quarto, quinto país do mundo que mais vacinou. Você sabia disso? Fale isso, fale isso!”, insistiu o diplomata.

Ele ressaltou o número de vacinados no Brasil, mas não fez referência ao acordo entre o Instituto Butantan, ligado ao governo paulista, e a farmacêutica chinesa Sinovac, que fornece 80% dos imunizantes hoje aplicados no país.

“O presidente vacinou 30 milhões de brasileiros. E, por conta desse dado, nós somos o quinto país que mais vacinou, depois dos EUA, China, Índia e Reino Unido. Você não acha que esse é um bom resultado?”, retrucou.

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