Embaixador chinês ironiza omissão da fonte de IFA em post do governo
Postagem do Ministério da Saúde sobre chegada de IFA da China menciona “insumos do exterior”, sem citar o país. Queiroga agradeceu depois
atualizado
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Em meio ao esforço de ex-ministros da gestão Bolsonaro, como Ernesto Araújo e Eduardo Pazuello, de negar na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19 que o governo tenha agido para gera atritos com a China, principal fornecedor de insumos e vacinas contra a doença no mundo, o embaixador chinês foi ao Twitter neste sábado (22/5) fazer uma crítica velada ao Ministério da Saúde.
Yang Wanming, representante chinês no Brasil, postou uma imagem da manifestação do governo brasileiro sobre a chegada de dois lotes de insumos para a produção de 12 milhões de doses da vacina AstraZeneca/Fiocruz e grifou a parte em que o perfil do Ministério da Saúde escreveu “insumos do exterior”, omitindo a fonte.
O embaixador citou uma frase do filósofo chinês Confúcio para ironizar a postagem. Veja:
O Ministério da Saúde informou no início da noite deste sábado (22/5) a antecipação da chegada de um lote extra de insumos para produzir a vacina AstraZeneca/Fiocruz, que chegaria dia 29 de maio, mas chegou hoje.
Com o IFA que chegou da China às 17h54 ao aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro (RJ), a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) poderá produzir 12 milhões de doses de vacina contra o coronavírus.
Respostas
[Atualização] Após a postagem em tom de reclamação do embaixador chinês, autoridades brasileiras tentaram tirar a tensão da questão. O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, agradeceu pessoalmente a Wanming e recebeu uma resposta amigável, veja:
Já o Ministério das Relações Exteriores agradeceu em uma postagem no perfil oficial do Itamaraty:
Com agradecimento à Chancelaria da República Popular da China pelos esforços na pronta liberação dos insumos contratados à Oxford/AstraZeneca.
— Itamaraty Brasil 🇧🇷 (@ItamaratyGovBr) May 23, 2021