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E-mails apontam Richa como controlador de empresa que lavou propina

A empresa, formalmente, está registrada em nome da mulher do tucano, Fernanda Richa, e dos filhos do casal

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RICARDO ALMEIDA / ANPR
Governador Beto Richa inaugura subestação da Copel
1 de 1 Governador Beto Richa inaugura subestação da Copel - Foto: RICARDO ALMEIDA / ANPR

E-mails resgatados pela Polícia Federal (PF) na Operação Lava Jato apontam o ex-governador do Paraná Beto Richa (PSDB) como o verdadeiro controlador da Ocaporã Administradora de Bens, empresa supostamente usada para lavar propina de R$ 2,7 milhões de concessionárias de rodovias federais. Os e-mails têm peso importante na decisão do juiz Paulo Sérgio Ribeiro, da 23ª Vara Criminal Federal de Curitiba, que decretou a prisão preventiva do tucano e do “homem de confiança” dele, o contador Dirceu Pupo Ferreira. A PF prendeu os dois.

Formalmente, a empresa está registrada em nome da mulher do tucano, Fernanda Richa, e dos filhos do casal.

As mensagens foram rastreadas do e-mail de Fernanda, nos anos de 2011 e 2014, e revelam a influência do tucano sobre a empresa.

A primeira delas, um rascunho, traz a expressão “Pedágios 3 milhões Beto”, acompanhada de outras anotações consideradas suspeitas, como “compromisso com as empreiteiras financiam o Beto”, “pacto de acionistas Sanepar” e “Copel está sendo vendida pelo Beto”.

O segundo e-mail, datado de 3 de janeiro de 2011, traz uma troca de mensagens entre Fernanda e o contador Pupo Ferreira. No diálogo, sobre estratégia de venda de terrenos no condomínio Alphaville Graciosa, Fernanda diz a Pupo que “levaria o assunto para Beto”. Um mês depois, a mulher do ex-governador respondeu a mensagem. “O Beto acha que podemos esperar mais um pouco.”

Os procuradores da força-tarefa da Lava Jato acusam o ex-governador de lavar R$ 2,6 milhões por meio da compra de imóveis em nome da Ocaporã com a ajuda do contador Dirceu Pupo Ferreira. Outros R$ 142 mil teriam sido lavados por meio de depósitos diretos para a própria empresa.

Além da Integração, Beto Richa também é investigado na Operação Radiopatrulha, que o levou para prisão por quatro dias e vasculhou a casa de sua mãe em 2018.

A reportagem busca contato com Beto Richa, Dirceu Pupo Ferreira e os demais citados. O espaço está aberto para manifestação.

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