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Em um mês, quinto peixe venenoso é capturado por mergulhadores em Noronha

Espécie venenosa e invasora já pode estar instalada no arquipélago, segundo o Instituto Chico Mendes da Biodiversidade (ICMBio)

atualizado

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Sea Paradise/Divulgação
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1 de 1 peixe-leao - Foto: Sea Paradise/Divulgação

Mergulhadores do arquipélago de Fernando de Noronha, em Pernambuco, fizeram a captura do quinto peixe-leão em um período de 40 dias. O animal, invasor e venenoso, foi encontrado a 40m de profundidade, nas proximidades da Praia da Conceição, em frente ao Morro do Pico.

Essa foi a segunda captura em menos de uma semana, e a sexta desde dezembro de 2020, quando o invasor foi localizado pela primeira vez em Fernando de Noronha.

O peixe-leão foi encontrado na quinta-feira (2/9) pelos mergulhadores Silvio Santos e Lucas Zappe, da operadora Sea Paradise. Os profissionais são capacitados pelo Instituto Chico Mendes da Biodiversidade (ICMBio) para esse tipo de trabalho e, portanto, tinham autorização para recolher o peixe.

“Dos seis animais encontrados na ilha, nós capturamos cinco. Esse peixe estava próximo às áreas onde identificamos os outros. Se a gente for pontuar os locais das capturas, dá um raio de uma milha (menos de 2km), no máximo”, informou o diretor da operação de mergulho, Fernando Rodrigues.

Fernando Rodrigues explicou que utilizou um arpão para recolher o peixe, como prevê o protocolo montado pelo ICMBio. O instituto indicou que apenas profissionais capacitados ou servidores do órgão podem fazer a captura do peixe-leão devido aos riscos que o animal oferece.

O nome científico do peixe-leão é Pterois volitans. Essa espécie tem espinhos venenosos, que contêm uma toxina capaz de causar febre, vermelhidão e até convulsões aos seres humanos.

O animal é predador e pode consumir espécies endêmicas, que só ocorrem nessa região, além de causar desequilíbrio ecológico.

Outras capturas 

A primeira captura do peixe-leão em Noronha ocorreu em dezembro de 2020. Foram quase oito meses até que outro da mesma espécie fosse encontrado novamente, em 3 de agosto, a 32m de profundidade. Esse foi o primeiro registro em 2021.

O terceiro peixe-leão foi capturado oito dias depois, em 11 de agosto, a uma profundidade de 18m. A quarta captura da espécie invasora, a terceira de 2021, ocorreu no dia 24, a 27m de profundidade.

Quatros dias após, em 28 de agosto, surgiu o quinto peixe-leão, quarto deste ano. Ele foi capturado em um ponto de mergulho chamado Laje Dois Irmãos, nas proximidades da praia da Cacimba do Padre, numa profundidade de 20m.

Treinamento

O ICMBio tem realizado uma série de capacitações com mergulhadores. No treinamento, são repassadas informações da espécie e orientações para a captura segura.

O peixe-leão pode viver a até 100m de profundidade; por isso, a colaboração de mergulhadores autônomos na localização dos espécimes é essencial.

Para quem não recebeu a capacitação, a orientação, em caso de encontrar o animal, não é tocar nem chegar próximo ao peixe. A recomendação é acionar o ICMBio pelo e-mail ngi.noronha@icmbio.gov.br ou ligar para (81) 3619-1156.

Os pesquisadores acreditam que o peixe-leão encontrado em Noronha veio do Caribe. O diretor do projeto, Pedro Pereira, afirmou que amostras dos peixes-leão vão ser enviadas para a Universidade Federal Fluminense (UFF) e para a Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, para que também sejam realizadas análises nessas instituições.

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