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Em troca de mensagens com caminhoneiro, Tarcísio diz apoiar greve

Em conversa com líder grevista, ministro da Infraestrutura disse apoiar uma possível greve geral dos profissionais contra aumento no diesel

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Marcelo Camargo/Agência Brasil
Na imagem colorida, um homem está posicionado no centro. Ele tem cabelos curtos, pretos e olha seriamente para a camera
1 de 1 Na imagem colorida, um homem está posicionado no centro. Ele tem cabelos curtos, pretos e olha seriamente para a camera - Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Em uma conversa via WhatsApp com um dos líderes da greve dos caminhoneiros de 2018, Wanderlei Alves conhecido como “Dedeco”, o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, manifestou apoio a uma possível greve geral dos profissionais.

Em entrevista à coluna Painel do jornal Folha de S.Paulo, Dedeco afirmou que entrou em contato com o ministro após ler, em uma reportagem do mesmo veículo, que Freitas dizia não ver risco de greve de caminhoneiros. E mostrou as mensagens no WhatsApp.

Durante a troca de mensagens, Tarcísio afirmou achar “muito correto” que os caminhoneiros parem de fazer entregas para forçar que embarcadores e transportadores repassem aos fretes o custo do aumento do diesel.

O ministro disse ainda que há um estudo do governo para subsidiar o preço do diesel. Ele também comemorou a aprovação no Senado do PLP 11/2020, que estabelece cobrança única de ICMS.

“Isso tem o poder de diminuir 50, 60 centavos no preço do litro”, escreveu o ministro.

Na sequência, Dedeco escreveu que o governo federal não assume responsabilidade pelos problemas: “Só passa ela para os outros”.

“Fico chateado de ver aumento de combustível. Ninguém quer. O que pode ser feito, está sendo feito. Não é minha área. Só tento ajudar”, escreveu o ministro  em resposta.

Ministro não nega

Na noite desta sexta, assessoria do ministro da Infraestrutura mandou uma nota com a posição de Tarcísio sobre o episódio, sem negar o conteúdo das mensagens trocadas com Dedeco. Leia:

“O ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, mantém canal aberto com a categoria e já defendeu abertamente, inúmeras vezes, que as principais questões que afetam o setor hoje são correlatas ao próprio mercado. Neste sentido, cabe aos próprios trabalhadores dialogar entre si para buscar as melhores soluções.”

Entenda como funciona o cálculo do preço da gasolina no Brasil:

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Há quatro tributos que incidem sobre os combustíveis vendidos nos postos: três federais (Cide, PIS/Pasep e Cofins) e um estadual (ICMS)
No caso da gasolina, de acordo com dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), a composição do preço nos postos se dá por uma porcentagem em cima de cada tributo
O preço na bomba incorpora a carga tributária e a ação dos demais agentes do setor de comercialização, como importadores, distribuidores, revendedores e produtores de biocombustíveis
Além do lucro da Petrobras, o valor final depende das movimentações internacionais em relação ao custo do petróleo, e acaba sendo influenciado diretamente pela situação do real – se mais valorizado ou desvalorizado
A composição, então, se dá da seguinte forma: 27,9% – tributo estadual (ICMS); 11,6% – impostos federais (Cide, PIS/Pasep e Cofins); 32,9% – lucro da Petrobras; 15,9% – custo do etanol presente na mistura e 11,7% – distribuição e revenda do combustível
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O preço da gasolina tem uma explicação! Alguns índices são responsáveis pelo valor do litro de gasolina, que é repassado ao consumidor na hora de abastecer

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Há quatro tributos que incidem sobre os combustíveis vendidos nos postos: três federais (Cide, PIS/Pasep e Cofins) e um estadual (ICMS)

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No caso da gasolina, de acordo com dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), a composição do preço nos postos se dá por uma porcentagem em cima de cada tributo

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O preço na bomba incorpora a carga tributária e a ação dos demais agentes do setor de comercialização, como importadores, distribuidores, revendedores e produtores de biocombustíveis

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Além do lucro da Petrobras, o valor final depende das movimentações internacionais em relação ao custo do petróleo, e acaba sendo influenciado diretamente pela situação do real – se mais valorizado ou desvalorizado

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A composição, então, se dá da seguinte forma: 27,9% – tributo estadual (ICMS); 11,6% – impostos federais (Cide, PIS/Pasep e Cofins); 32,9% – lucro da Petrobras; 15,9% – custo do etanol presente na mistura e 11,7% – distribuição e revenda do combustível

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O disparo da moeda americana no câmbio, por exemplo, encarece o preço do combustível e pode ser considerado o principal vilão para o bolso do consumidor, uma vez que o Brasil importa petróleo e paga em dólar o valor do barril, que corresponde a mais de R$ 400 na conversão atual

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A alíquota do ICMS, que é estadual, varia de local para local, mas, em média, representa 78% da carga tributária sobre álcool e diesel, e 66% sobre gasolina, segundo estudos da Fecombustíveis

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