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Em SP, Márcio França quer ser opção de boa convivência com Jair Bolsonaro

Candidato do PSB para a Prefeitura de São Paulo diz ser de esquerda, mantendo bom trânsito com políticos de diferentes matizes

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Márcio França cumprimenta Jair Bolsonaro em 2020
1 de 1 Márcio França cumprimenta Jair Bolsonaro em 2020 - Foto: Reprodução

São Paulo – Márcio França (PSB) quer ser a opção para a Prefeitura de São Paulo de boa convivência com o presidente de República Jair Bolsonaro (sem partido). “O fato de ele ser o presidente não me dá o direito de torcer para que ele vá mal. Eu posso discordar das maneiras dele e do que ele pensa”, afirmou França sobre Bolsonaro.

A declaração foi dada em sabatina promovida pelo portal UOL e pelo jornal Folha de S.Paulo, nesta terça-feira (03/10).

O candidato diz que é muito bem quisto pelo efetivo da Polícia Militar e pela Polícia Civil do estado, pois declara ser contra a extinção da polícia, “ao contrário da posição de Guilherme Boulos (PSol)“. O candidato faz referência a uma demanda da esquerda de desmilitarização da polícia, a transformando numa instituição civil.

Por conta dessa afinidade com a Polícia Militar é que ele afirma que ele passou a ser visto com alguma conexão ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido). “Eu conversei com o Bolsonaro uma vez na vida. Ele foi super gentil e resolveu um problema”, afirmou Márcio França. Isso ocorreu no contexto de um pedido de ajuda para levar doações ao Líbano.

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Márcio França em campanha
Postulante ao cargo de prefeito participa de evento
Márcio França em campanha na capital paulista
Candidato critica os rivais
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Márcio França, do PSB

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No domingo, as críticas se voltaram contra Guilherme Boulos (PSol)

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Em tom conciliatório, França disse que sempre teve bom trânsito com pessoas de diferentes ideologias políticas. Isso inclui seu adversário nas eleições de 2018, o governador João Doria (PSDB). “Eu torço para que o Doria dê certo, mas tem sido muito difícil”, afirmou, emendando críticas às gestões tucanas e fazendo uma previsão pessimista.

“Vocês anotem: se não tivermos um prefeito com pulso, nós teremos manifestações graves a partir de janeiro, com violência”, declarou Márcio França, colocando em dúvida a capacidade de gestão de Bruno Covas (PSDB). “Ele está com uma fragilidade especial [o prefeito trata um câncer], é refém de um grupo de vereadores e ainda tem o Doria se metendo”, afirmou.

Moradia e educação

Caso seja eleito prefeito, Márcio França promete lotes urbanizados nas periferias, dando aos moradores um cartão de R$ 8 mil, e adaptação de prédios desocupados na área central, acabando com as ocupações que hoje se concentram em áreas protegidas, como na região de Billings e Guarapiranga.

O candidato também quer garantir a entrada na universidade pública a todos os concluintes do ensino médio através do ensino à distância, pela Univesp (Universidade Virtual do Estado de São Paulo); além de comprar lousas digitais para uso da rede municipal.

“Eu não admito uma escola sem lousa digital, não é uma coisa tão cara”, afirmou.

Márcio França cumprimenta Jair Bolsonaro em 2020
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) cumprimenta Márcio França (PSB) durante evento em São Vicente (SP)

Violência contra a mulher

O candidato foi convidado a comentar sobre as recentes trocas de farpas que tem tido com o candidato Guilherme Boulos sobre violência contra a mulher. Ele diz que Guilherme Boulos espalha fake news quando menciona entrevista em que França afirmou  à Folha de S.Paulo que “‘briga de casal’ sobrecarrega polícia”.

Naquele momento, França, que era governador de São Paulo, classificou questões domésticas como “desinteligência” e foi criticado por especialistas em feminicídio.

“Eu repito: qualquer tipo de agressão é caso de polícia. A expressão que eu usei – desinteligência – é difícil de compreender, ela significa qualquer tipo de discussão, no trânsito, no bar. E nem todos esses casos precisam da presença da polícia. A Guarda Civil Metropolitana pode atuar nesses caso, embora não seja a função dela”, afirmou França.

O ex-governador aproveitou o momento e criticou Guilherme Boulos. Em um vídeo resgatado por uma candidata à vereadora apoiadora de Márcio França, Guilherme Boulos diz que, em uma ocupação, é mais desejável construir soluções coletivas do que chamar a polícia, o que incluiria, segundo legendas do vídeo, a violência doméstica.

Segundo a equipe do PSol, o vídeo foi editado e retirado do contexto, com a inclusão de legendas que levam o eleitor ao erro.

Terceirização de UBSs

O candidato Márcio França disse desconhecer o plano do presidente Jair Bolsonaro para a terceirização de Unidades Básicas de Saúde. No fim de outubro, o presidente publicou e depois revogou decreto que autorizava o Ministério da Economia a realizar estudos sobre a inclusão das unidades básicas de saúde (UBSs) em um programa do governo que trata de privatizações e parcerias com o setor privado.

Embora o candidato tenha feito uma turnê em postos de saúde e prometido não entregar hospitais a organizações sociais, ele disse não ser contra um modelo de terceirização, que já ocorre em São Paulo.

“Eu não tenho divergência em relação a termos organizações sociais administrando alguns equipamentos públicos na área da cultura e do esporte. Na área da saúde também. Hoje já há UBSs em São Paulo que são administrados por terceiros. Precisa ter fiscalização adequada”, afirmou.

No entanto, França disse lutar pelo o Sistema Único de Saúde (SUS). “Eu defendo as coisas públicas, o Estado não pode ser fragilizado, tem que ser competente e eficiente”.

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