Em SP, Cake Boss fala de acidente: “Dor mais forte que já senti”
O confeiteiro americano Buddy Valastro, já com a mão recuperada, fala em trazer sua pizza a SP e adianta que apostará ainda mais na TV
atualizado
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São Paulo – O confeiteiro-fenômeno Buddy Valastro, 45, também conhecido como Cake Boss, voltou a São Paulo após um hiato de quatro anos, para comemorar os cinco anos da sua primeira loja por aqui, a Carlo’s Bakery. Com a tradicional dólmã branca, joias brilhantes e o cabelo puxado para trás em um topete, ele falou com o Metrópoles nessa terça (15/6).
O americano de Nova Jersey se popularizou pelo reality show Cake Boss, nos canais TLC e Discovery, em que mostrava suas criações doces extravagantes e a relação com a família. Com o sucesso no Brasil, apresentou também o programa Batalha dos Confeiteiros, na Record.
Em setembro de 2020, o descendente de italianos sofreu um acidente com a mão direita, que colocou parte de seu ofício em risco. Felizmente, ele se recuperou. “Já me sinto forte de novo”, afirmou, após cinco cirurgias.
Hoje, são seis endereços da Carlo’s Bakery no Brasil, tendo como campeões de vendas os cannoli. Há também opções abrasileirados no cardápio, como brigadeiro, bolo de abacaxi com coco e mousse de maracujá. Confira a seguir entrevista com Buddy:
Sua última visita ao Brasil se deu em 2018, mas você já veio para cá diversas vezes. Como se sente por aqui?
É o país que mais visitei no mundo, sem contar os EUA. São Paulo é como uma segunda casa. Por aqui, comi refeições muito gostosas, em restaurantes como Rufino’s, A Figueira Rubaiyat e Rodeio. Quando gravei as temporadas de Batalha dos Confeiteiros, morei com a minha família na cidade por dois meses. Eles costumavam ir e voltar para o Rio.
Você previa esse sucesso tão grande no Brasil?
Eu não sabia o que esperar, mas os fãs foram tão acolhedores. Minha marca e meu programa são sobre família, a coisa mais importante na cultura brasileira. Desta forma, nos conectamos. Sou uma pessoa que transparece as emoções, assim como vocês. Meus fãs às vezes pulam, abraçam, mas eu vejo de um jeito positivo. Já assinei o braço de mais de uma pessoa que transformou o autógrafo em tatuagem.
Como foi o período da pandemia para você?
Foi difícil para todos, um período depressivo e sombrio. Mesmo com as lojas fechadas, passamos muito tempo na fábrica, pois fizemos entregas de doces nacionalmente. Na semana do Natal, foram 40 mil pacotes despachados. Eu e minha família vivemos um momento de muita ligação. Como meus funcionários ficaram em casa no início, era eu e minha família fazendo tudo. Superamos esse período juntos.
Também nessa época, em setembro de 2020, você sofreu um acidente. O que aconteceu?
Foi horrível. Eu costumo mexer com máquinas. Quem assiste a Cake Boss vê que eu corto, serro, soldo… Estava tentando consertar o aparelho que empilha os pinos na pista de boliche na minha casa e me virei por um segundo. Minha mão direita acabou esmagada lentamente. Foi a dor mais forte que já senti. Meus filhos estavam em casa e me ajudaram. Passei por cinco cirurgias e agora não está mal. Já me sinto forte de novo. Só preciso fazer mais uma operação.
O que aprendeu com essa experiência?
Aprendi a dar mais valor a tudo, coisas bobas, como pegar algo com a mão. Eu fiquei tão preocupado, não sabia se voltaria a ter minha mão funcionando 100%. O acidente aconteceu em setembro. No fim de fevereiro eu ainda não conseguia fechá-la totalmente. Na última cirurgia, na hora em que a médica tirou os curativos, e consegui fechá-la, falei “graças a Deus”.
Sobre o programa Cake Boss, ele está sendo gravado?
Agora não, mas temos coisas novas preparadas. O programa foi a melhor coisa que poderia ter acontecido comigo. Mas também foram dez anos, 300 episódios. Chega um momento em que você pensa “está bem, qual é o próximo capítulo?”. E é o que estou fazendo agora.
Você possui outros restaurantes e marcas nos EUA, como Buddy V’s Ristorante, PizzaCake e Boss Cafe. Pretende trazer algum deles para cá? Ou apostar em mais coisas salgadas?
Lançamos alguns salgados por aqui na Carlo’s Bakery, como um que leva a “casca” do lobster tail, mas com recheios como presunto e queijo, salame e peito de peru. Talvez tragamos pizza também, minha comida preferida no mundo. Eu tenho pizzarias nos EUA, no estilo de Nova York. Mas na padaria preparamos uma que meu pai fazia, similar a uma focaccia – grossa, mas leve e crocante.
Quais são seus planos para o futuro?
Com certeza, farei mais televisão nos próximos anos. É possível que eu grave algo aqui no Brasil. Sobre a Carlo’s Bakery em outros estados do país, tudo é possível. A pandemia nos desacelerou, mas estamos com um plano forte de expansão e queremos a marca em todo o Brasil.
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