Em simulação, pai de Kathlen fica junto com PM investigado pelo crime
Luciano Gonçalves, de 43 anos, acompanha a reprodução simulada da morte da filha na comunidade Lins de Vasconcelos, zona norte
atualizado
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Rio de Janeiro – Luciano Gonçalves, de 43 anos, pai da designer Kathlen Romeu, de 24 anos, morta com tiro grávida de 14 semanas, ficou lado a lado com um dos PMs investigados pelo crime na reprodução simulada do caso na comunidade Lins de Vasconcelos, zona norte, na tarde desta quarta-feira (14/7).
O Metrópoles apurou que os investigadores perguntaram aos dois policiais que atiraram em que ponto eles se depararam com os criminosos, qual a posição em que estavam quando atiraram e também se pegaram os estojos, parte que sobra das munições após os tiros. O trabalho de reprodução do fatos durou pouco mais de três horas.
Em depoimentos na Delegacia de Homicídios da Capital, o cabo Marcos Felipe da Silva Salviano admitiu ter feito cinco disparos, enquanto o cabo Rodrigo Correia de Frias disse ter efetuado dois. Eles alegaram que houve confronto com criminosos, versão contestada pela avó de Kathlen, Sayonara Fátima, que estava com a jovem.
Kathlen foi atingida por tiro no tórax no último dia 8/6. Em abril, ela deixou a comunidade com medo da violência e estava no local apenas para visitar a avó. Durante a reprodução simulada, Sayonara Fátima chorou copiosamente ao reviver momentos da tragédia.
Em investigação independente, o Ministério Público que atua junto à Auditoria da Justiça Militar apura crimes militares, como invasão de domicílio e mudança na cena do crime, classificada como fraude processual.