Em sermão, padre critica machismo, homofobia e Bolsonaro
“Fico impressionado aparecer nas pesquisas que uma pessoa homofóbica e violenta como Bolsonaro seja seguida por tanta gente”, disse
atualizado
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Valendo-se do Dia Internacional da Mulher, celebrado no dia 8 de março, o padre Julio Lancelotti fez um sermão no qual criticou Bolsonaro, o machismo e a homofobia.
O clérigo classificou o polêmico deputado federal como alguém que “propõe a violência e o assassinato dos gays” e que “a mulher deve ser submissa”. Em um vídeo gravado durante a missa, realizada no último domingo (5/3) em São Paulo, Lancelotti frisa que a data não deve ser limitada aos parabéns a elas.
“Você tem que ser alguém que mude a cabeça e a forma de pensar para que não haja mais a cultura do estupro, onde os meninos pensam que são mais fortes do que as meninas ou que eles podem fazer o que quiserem e as meninas, não”, afirmou.
O padre ainda foi duro com aqueles que se valem das redes sociais para propalar conteúdos prejudiciais às mulheres. “Tratar as mulheres de maneira moralista e de maneira a destruir a sua dignidade, isso é inaceitável e hoje é crime. Nossos jovens têm que tomar muito cuidado nas redes sociais”, disse.O sacerdote ainda lembrou a todos que os garotos aprendem a ser machistas dentro de casa. “Temos que dizer aos meninos, na educação, que eles têm que respeitar as meninas e que o corpo delas é tão sagrado quanto o corpo de todos — e que o corpo dela não pode ser tocado sem que ela aceite ou queira”.
Sobre Bolsonaro e aqueles que dão suporte ao discurso radical do político, ele foi ainda mais duro. “Em uma sociedade como a nossa, fico impressionado aparecer nas pesquisas que uma pessoa homofóbica e violenta como Bolsonaro seja seguida por tanta gente no Brasil. Isso é vergonhoso”, frisou.
“Alguém que propõe a violência, o assassinato e o extermínio dos gays, ou que o homem é mais importante do que a mulher e que ela tem que ser submissa… Isso é inaceitável no tempo em que vivemos”.
Assista ao sermão: