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Em São Paulo, nota de matemática do ensino médio é a pior em 11 anos

Resultados do Saresp mostram que 58,7% dos alunos do último ano do ensino médio têm conhecimento abaixo do básico na disciplina

atualizado

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Governo do estado de São Paulo/Divulgação
Desempenho de alunos do ensino médio
1 de 1 Desempenho de alunos do ensino médio - Foto: Governo do estado de São Paulo/Divulgação

São Paulo – Os alunos do 3º ano do ensino médio de São Paulo saem da escola com o pior desempenho em matemática em 11 anos. Já em língua portuguesa, o desempenho foi o menor já registrado desde 2013. É o que mostram os resultados do Sistema de Avaliação de Rendimento Escolar do Estado de São Paulo (Saresp) 2021, divulgados nesta quarta-feira (2/3).

Em comparação ao último exame, que havia sido realizado em 2019, houve queda de desempenho de 4,48% em matemática e 4,15% em língua portuguesa.

Segundo a pesquisa, 76% dos estudantes do último ano do ensino médio não foram capazes de responder corretamente a uma questão de interpretação de texto.

Em matemática, o problema é ainda maior: 96% dos alunos desta série não conseguiram responder adequadamente a um problema matemático sobre a relação entre o número de vértices, faces e arestas de poliedros.

Ensino fundamental

No ensino fundamental, também houve piora no aprendizado. Estudantes do 5º ano tiveram o pior resultado desde 2013 em língua portuguesa e matemática. Quando comparado aos resultados de 2019, a piora foi de -8,58% e -9,12%, respectivamente.

Já no 9º ano, a queda no aprendizado foi menos brusca em língua portuguesa, com o menor nível desde 2017. Em matemática, porém, foi a pior proficiência desde 2014 nesta etapa.

O exame classifica os resultados dos alunos em quatro níveis de conhecimento: abaixo do básico, básico, adequado e avançado.

Dados preocupantes

Em 2021, o último ano do ensino médio apresentou o pior nível em matemática desde 2011 e traz resultados preocupantes: 58,7% dos alunos estão no nível abaixo do básico (em 2019, eram 49,3%), enquanto 37,9% estão no nível básico.

Apenas 3,2% têm proficiência adequada na disciplina, e os em nível avançado representam 0,2% dos avaliados.

Já em língua portuguesa, 39% estão na faixa considerada abaixo do básico, enquanto 37% foram classificados como básico, 23,5% no nível adequado e apenas 0,5% como avançado.

Quando avaliados os estudantes mais jovens, os resultados são um pouco melhores. Em 2021, 32,8% dos alunos do 5º ano do ensino fundamental ficaram no nível adequado de aprendizado, enquanto 32,4% no nível básico, seguidos de 19% classificados como abaixo do básico e 15,8% no nível avançado.

Ainda assim, observa-se uma queda expressiva em relação ao exame anterior. Em 2019, 39,4% estavam com nível adequado de proficiência no 5º ano.

Os exames foram aplicados no fim do ano passado para o 5º e 9º anos do ensino fundamental e 3º ano do ensino médio, em 5 mil escolas da rede estadual e 2 mil escolas das redes municipal, particular, SESI e Centro Paula Souza (as escolas técnicas estaduais). Foram avaliadas as áreas de matemática, língua portuguesa e ciências da natureza, mas o governo não divulgou os resultados desta última área.

 

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