Em sabatina, Flávio Bolsonaro elogia atuação “garantista” de Zanin
Na sessão, o filho 01 do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) usou o tempo de fala para defender o pai. Ele também elogiou Cristiano Zanin
atualizado
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Durante sabatina para analisar a indicação de Cristiano Zanin ao cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), nesta quarta-feira (21/6), o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) elogiou a postura do advogado, e citou, erroneamente, uma fala que, segundo ele, era de Winston Churchill.
Cristiano Zanin foi indicado ao cargo de ministro do STF pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A indicação é avaliada pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado.
Na sessão, o filho 01 do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) usou o tempo de fala pra defender o pai e elogiou Zanin: “Conheço a posição do senhor durante sua advocacia. Garantista que é, acho que isso é algo louvável na sua indicação”, disse.
O discurso do senador foi iniciado com uma frase falsamente atribuída ao ex-primeiro-ministro do Reino Unido Winston Churchill, que lutou contra o regime de Adolf Hitler na Segunda Guerra Mundial.
“Tenho dificuldade de ouvir algumas coisas aqui e não reagir. Só me vem uma frase à cabeça, que era atribuída a Winston Churchill, parece que não é. Mas faz todo sentido, uma frase dita lá atrás: os fascistas do futuro chamarão a si mesmos de antifascistas”, afirmou Flávio.
A Internacional Churchill Society, entidade que atua na preservação da memória de Churchill, já desmentiu a frase em comunicados oficiais.
Como funciona a sabatina
Apesar de a CCJ ter 27 senadores, o advogado poderá ser questionado por qualquer um dos 81 integrantes da Casa Alta que se inscrever para a sessão. Há ainda perguntas enviadas pela sociedade que podem ser usadas (até a noite de terça-feira, havia 139 sugestões no site do Senado).
Na última semana, o relator da indicação de Zanin, senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB), deu parecer favorável ao advogado. Agora, a CCJ votará o relatório para decidir se a indicação vai ao plenário. Zanin precisa conquistar a maioria simples dos integrantes do colegiado, ou seja, 14 votos para ter seu nome aprovado.
Caso seja aprovado pela CCJ, o nome do advogado segue para o plenário, onde terá que obter o apoio de, ao menos, 41 dos 81 senadores. A votação é secreta. Se referendado, o Senado encaminha a aprovação para a Presidência da República, que pode nomear Zanin ao cargo de ministro do STF.