Em Roma, Queiroga diz esperar que Brasil se torne exportador de vacinas
Queiroga está na Itália para o encontro de ministros da Saúde do G20 – grupo das 20 maiores economias do mundo
atualizado
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Durante agenda em Roma, na Itália, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse esperar que o Brasil deixe de ser importador e passe a exportar vacinas contra a Covid-19.
A afirmação foi dada em entrevista ao site Vatican News, nesta segunda-feira (6/9). Queiroga está no país para o encontro de ministros da Saúde do G20 – grupo das 20 maiores economias do mundo.
As agendas com líderes mundiais tiveram início no domingo (5/9) e vão até esta segunda-feira. Nesta manhã, Queiroga se reuniu com o cardeal Peter Turkson, do Vaticano. Depois, ele conversou com a imprensa local.
Durante a entrevista, o ministro ressaltou o trabalho dos laboratórios que produzem vacinas contra a Covid-19 no Brasil atualmente: a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), ligada ao governo federal, e o Instituto Butantan, vinculado ao governo de São Paulo.
Queiroga também citou o acordo firmado entre a empresa Pfizer e o laboratório brasileiro Eurofarma para a produção de imunizantes no Brasil. A expectativa é de que 100 milhões de doses sejam fabricadas anualmente, para distribuição exclusiva na América Latina.
Apesar de garantir mais um polo de fabricação de vacinas, o acordo entre a Pfizer e a Eurofarma não tem ligação com o governo brasileiro. Para adquirir os imunizantes produzidos no polo nacional, o Brasil terá de firmar um novo contrato com a Pfizer.
“Com Pfizer, com Fiocruz, o Brasil deixará de ser um país importador de vacinas e será um país que produzirá vacinas, não só para sua população mas também para ajudar os outros países do mundo”, projetou Queiroga.
Compromissos na Itália
Ainda nesta segunda-feira, Queiroga participa de mais três sessões de encontros com ministros da Saúde do G20. Ao fim do dia, o ministro comparecerá à coletiva de imprensa da presidência italiana.
Além disso, está prevista uma reunião com a ministra da Saúde da Argentina, Carla Vizzotti. No domingo (5/9), Queiroga se reuniu com Tedros Adhanom, diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Durante o encontro, o diretor da OMS felicitou o Brasil pela perspectiva de transição de país importador de vacinas a país exportador de imunizantes em três plataformas tecnológicas: a de vírus inativado, a de vetor viral recombinante e a de RNA mensageiro (mRNA).
No Twitter, Adhanom disse que discutiu com Queiroga a respeito da variante Delta: necessidade de controlar a transmissão, condição pós-Covid-19 e NCDs. “Concordamos com a necessidade de apoiar as mulheres nas profissões da saúde”, disse Tedros.