Em reunião com parlamentares, Flavio Bolsonaro defende pai de acusações de terrorismo
Os líderes do Senado estão reunidos nesta segunda-feira para tratar dos ataques antidemocráticos em Brasília
atualizado
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Líderes do Senado Federal se reuniram nesta segunda-feira (9/1) para tratar sobre os ataques terroristas a praça dos Três Poderes, em Brasília. A reunião aconteceu forma semipresencial, uma vez que as dependências da Casa Alta ainda está com acesso limitado devido a depredação.
De acordo com os parlamentares presentes no encontro, o senador Flávio Bolsonaro, líder do PL, defendeu o pai das “associações” aos atos antidemocráticos.
“É muito difícil dissociar essa ação de uma orientação ou de um instamento pelo presidente Jair Bolsonaro. Flávio [Bolsonaro] disse que estão querendo envolver o presidente. Tentou insinuar que estão tentando puxar o pai dele para o incidente”, disse o senador Rogério Carvalho, líder do PT, que também estava presente.
Os atos que tomaram a praça dos Três Poderes, em Brasília, foram presenciados pelos apoiadores de Jair Bolsonaro que não aceitam sua derrota nas urnas. Em 30 de outubro, Bolsonaro se consagrou o único presidente da República a não conseguir se reeleger.
Atos antidemocráticos
Aos gritos de “faxina geral” e ao som do Hino Nacional, bolsonaristas ocuparam a Esplanada dos Ministérios, na tarde do último domingo (8/1), em protesto contra a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições 2022.
Por volta das 14h40, extremistas invadiram o Congresso Nacional sob uma chuva de bombas de gás lacrimogênio. Em seguida, conseguiram passar pelas barricadas da Polícia Militar do Distrito Federal e entrar no Palácio do Planalto, sede da Presidência da República.
Vidraças, cadeiras e mesas dos dois prédios públicos foram quebradas. Funcionários do Congresso Nacional que estavam de plantão foram ameaçados.
O último alvo dos manifestantes extremistas foi o Supremo Tribunal Federal (STF). O prédio do órgão do Judiciário foi invadido por volta das 15h45.