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Em retomada de eventos, Rio organiza maratona para 20 mil corredores

Corrida terá público 50% menor do que a última edição, em 2019, por causa da pandemia da Covid. Setor hoteleiro conta com 95% de ocupação

atualizado

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Maratona do Rio é o primeiro grande evento de corrida da América Latina na pandemia da Covid-19
1 de 1 Maratona do Rio é o primeiro grande evento de corrida da América Latina na pandemia da Covid-19 - Foto: Aline Massuca/Metrópoles

Rio de Janeiro – O primeiro grande evento de corrida brasileiro desde o começo da pandemia da Covid-19 ocorre neste feriado prolongado em solo carioca. Depois de um ano e cinco meses de espera, a tradicional Maratona do Rio voltará a acontecer nessa segunda-feira (15/11). Os 42 quilômetros serão percorridos em vários cartões-postais da cidade: Aterro do Flamengo x Centro x Leblon x Aterro do Flamengo.

Junto aos primeiros eventos-teste realizados pela prefeitura do Rio recentemente, a maratona foi estudada e teve medidas definidas pela Vigilância Sanitária para que ocorresse de forma segura. A atração poderia contar com um total de 30 mil corredores. Porém, não atingiu o número máximo de vagas, diferentemente do que ocorreu em edições anteriores.

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Maratona do Rio é o primeiro grande evento de corrida da América Latina na pandemia da Covid-19
Público fez fila para retirar os kits da corrida na sexta-feira (12/11)
Cabo do Bope John Simão, de 36 anos, é um dos competidores da Maratona do Rio
Marcelo Padilha, de 42 anos, garantiu o seu kit corrida
Ana Cristina, de 56 anos, faz selfie com a atendente na entrega da camiseta da corrida
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Mais de 20 mil corredores vão participar do evento, que será corridas de 42, 21, 10 e 5km

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Maratona do Rio é o primeiro grande evento de corrida da América Latina na pandemia da Covid-19

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Público fez fila para retirar os kits da corrida na sexta-feira (12/11)

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Cabo do Bope John Simão, de 36 anos, é um dos competidores da Maratona do Rio

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Marcelo Padilha, de 42 anos, garantiu o seu kit corrida

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Ana Cristina, de 56 anos, faz selfie com a atendente na entrega da camiseta da corrida

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A carioca mostra o número da sua camisa para Maratona do Rio de 2021

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Desta vez, terá o total de 20.114 atletas. Destes, 0,5% é estrangeiro, 32% são de fora do estado do Rio e 67% são do próprio estado. Devido à pandemia, a data de costume, no feriado de Corpus Christi, em junho, precisou ser alterada. Com isso, muitos dos atletas de outros países que têm o hábito de vir ao Brasil para a iniciativa deixaram de comparecer.

Na edição de 2019, último ano de corrida presencial, 5 mil estrangeiros visitaram a cidade maravilhosa para a corrida e o número total de atletas chegou próximo a 40 mil.

“Os estrangeiros estão correndo em seus países. A maioria das corridas no mundo todo foi por agora, em outubro ou no começo de novembro, das grandes maratonas. Então, as pessoas não saem de Nova York, por exemplo, para vir correr 5 ou 10 quilômetros aqui. Geralmente, eles vêm para correr a maratona e houve uma lá agora, no dia 7”, explica João Traven, fundador da Maratona do Rio, ao Metrópoles.

Adequações ao momento 

Segundo Traven, foi preciso readequar a Maratona do Rio ao momento em que vivemos. Apesar de ter sido desobrigado o uso de máscaras em locais públicos na cidade, a organização do evento ainda pede que os atletas carreguem a proteção durante o percurso, para que faça uso no momento da largada e da chegada.

“As frutas que distribuímos normalmente hoje devem estar em saquinhos, os papéis com orientações não existem mais, é tudo virtual. Então, vários detalhes precisaram ser repensados. A área de largada precisou ser ampliada, para não ter aglomeração”, conta.

Além disso, álcool em gel e máscara passaram a fazer parte do kit que os participantes recebem e testes são realizados no momento da retirada dos produtos. Neste domingo (14/11), será o dia da meia maratona, de 21 quilômetros, e das corridas de 5 e 10 quilômetros. A primeira será realizada no trajeto Leblon x Centro x Aterro do Flamengo, e as outras duas são exclusivamente no Aterro do Flamengo.

A maratona infantil, no entanto, não terá vez neste ano por precaução da organização e da prefeitura com o momento pandêmico.

Importância para a cidade

O evento trouxe bons resultados à cidade, que terá neste feriado uma ocupação de 95% dos hotéis. Este é o melhor feriado prolongado de 2021, de acordo com a Associação de Hotéis do Rio de Janeiro (ABIH-RJ). A procura em algumas hospedagens aumentaram 50% devido à competição.

“As competições Maratona e Meia Maratona do Rio influenciaram na subida da ocupação dos hotéis da cidade de forma bem heterogênea com relação aos percentuais. Alguns hotéis confirmaram que o aumento chegou a quase 50% por conta das duas competições, outros mencionaram de 10% a 15% ou até 30%, uns poucos falaram em baixo impacto”, afirma a entidade em nota.

Ainda segundo a associação, os hotéis da região do Centro e Flamengo/Botafogo aparecem com percentuais bastante elevados quando comparados com outros fins de semana. A ocupação do centro da cidade se deu porque fica mais próximo ao circuito e conta com tarifas mais em conta, o que mostra a clara influência das competições no setor.

Para Antonia Leite Barbosa, subsecretária de eventos da Secretaria de Governo e Integridade Pública (Segovi), a Maratona do Rio é um dos eventos mais nobres da cidade. “O evento leva o Rio em seu nome e, junto com a São Silvestre, de São Paulo, é o grande protagonista em iniciativas de corrida”.

“Ele traz uma série de benefícios para a cidade. É um enorme trabalho operacional. Aceleramos trabalhos de conservação das pistas por onde os maratonistas passarão”, conta Barbosa. “Consideramos a atração oficial em nosso calendário”.

Guilherme Schleder, secretário municipal de Esportes, concorda com o significado que a maratona tem para a cidade. “Ela é fundamental no setor do turismo, com o qual o Rio conta muito”, afirma.

De acordo com Schleder, projetos esportivos têm total apoio da prefeitura. “Fazemos diversas reuniões para que o evento saia o mais perfeito possível, sem nenhum incidente, e para que possamos chamar cada vez mais gente. São eventos que usam o espaço público da cidade e é preciso ter um enorme cuidado”, afirma. 

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