Em queda, produtividade da indústria volta ao patamar de março de 2020
Segundo dados da CNI, o volume produzido no terceiro trimestre de 2021 recuou 1,9% em relação ao segundo trimestre deste ano
atualizado
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A produtividade da indústria brasileira se manteve em queda nos últimos meses de 2021 e chegou ao nível mais baixo desde março de 2020, quando a pandemia de Covid-19 atingiu o Brasil e atingiu duramente a economia.
De acordo com dados do estudo Produtividade na Indústria, da Confederação Nacional da Indústria (CNI), divulgados nesta sexta-feira (3/12), o volume produzido no terceiro trimestre de 2021 recuou 1,9% em relação ao segundo trimestre deste ano. As horas trabalhadas caíram 0,6%.
Na comparação com o terceiro trimestre de 2020, último trimestre de alta do indicador, a perda acumulada chega a 7,6%.
Segundo análise da CNI, a queda reflete ambiente de incertezas, com falta de insumos e pressão sobre custos de produção.
Série histórica
Quando o ano de 2021 fechar, o indicador deve cair ainda mais, chegando a 2%, percentual próximo ao da maior queda registrada pelo indicador desde o início da série histórica, em 2000, que foi de 2,2%. Isso ocorreu em 2008, ano marcado pela crise financeira global.
No acumulado em quatro trimestres (até o terceiro trimestre de 2021), a queda da produtividade do trabalho atinge 2,4%, na comparação com o mesmo período do ano anterior. Para uma queda inferior a 2% em 2021, a produtividade do trabalho na indústria de transformação precisaria registrar alta acima de 7% no último trimestre de 2021.
Veja gráfico da CNI:
Expectativa
Apesar dos sequência de quedas, a expectativa de longo prazo é de retomada do crescimento da produtividade. Segundo estimado pela CNI, oportunidades de investimentos nas novas tecnologias digitais, na implementação das redes 5G, base para a digitalização, e em tecnologias verdes, podem puxar um cenário de resgate.