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Em protesto contra lockdown, profissional faz bronzeamento em ônibus

Sem poder trabalhar por conta das medidas contra o avanço do Covid-19, Dayane Carvalho decidiu realizar o procedimento dentro de um ônibus

atualizado

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Mulher realiza bronzeamento artificial em ônibus como forma de protesto
1 de 1 Mulher realiza bronzeamento artificial em ônibus como forma de protesto - Foto: Reprodução/Instagram

Para muitos, a atual situação da pandemia de Covid-19 no Brasil colocou a população entre a cruz e a espada. Pensando na saúde e em conter o vírus que já vitimou mais de 295 mil pessoas, alguns defendem as medidas de isolamento social impostas em diversos estados brasileiros. Outros, no entanto, são contra o lockdown, alegando que isso afeta diretamente seus trabalhos e, consequentemente, a sobrevivência econômica de cada um. 

Esse é o caso da design de biquínis de fita e marquinhas neon Dayane Carvalho que, após ter seu estabelecimento interditado no último domingo (21/3), decidiu “trabalhar” dentro de um ônibus em Jaboatão dos Guararapes, no Grande Recife, como forma de protesto.

“Só queremos trabalhar. Só estou exercendo meu direito de liberdade de expressão. Precisamos garantir nosso sustento básico para ter a tão sonhada dignidade da pessoa humana”, escreveu a empreendedora na legenda do vídeo que viralizou na internet, e acrescentou: “Aproveitei a viagem no ônibus imunizado e fiz um bronzeamento a jato na minha cliente”.

Para ela, as medidas para a contenção do vírus, além de afetar  diretamente seu ganha pão, se mostram incoerentes. A cliente que aparece no vídeo, na verdade, é uma funcionária de seu espaço de estética, que ajudou Dayane na manifestação.

“Nos ônibus e no metrô, que tem aglomeração, o vírus não pega. Mas lá no meu espaço, pega”, afirmou a empreendedora, enquanto aplicava produtos de bronzeamento na pele da jovem.

Em entrevista ao G1, Dayane disse se sentir dividida com a situação pois é “hipertensa, do grupo de risco, e tenho familiares que faleceram com Covid”. Porém, o fechamento de seu espaço de trabalho também representa um sério risco para sua vida: “Se eu ficar sem trabalhar, não vou morrer da doença, mas de fome”.

A manifestação aconteceu após seu estabelecimento ser interditado pelo Procon por estar entre aqueles que deviam permanecer fechados, seguindo as orientações do decreto que entrou em vigor em Pernambuco na última quinta-feira (18/3). Na ocasião, a equipe de fiscalização afirmou que existia aglomeração no local, com clientes sem máscara.

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