Em novo ataque, Bolsonaro diz que Greta faz “showzinho” na COP25
O presidente ainda informou ter liberado plantio de cana-de-açúcar na Amazônia
atualizado
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O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a atacar a ativista Greta Thunberg, de 16 anos, durante discurso para uma plateia de empresários nesta quarta-feira (11/12/2019). Segundo o presidente, a menina está “fazendo o seu showzinho” na conferência ambiental COP25, que é realizada na Espanha.
Pela terceira vez, Bolsonaro chamou a garota de 16 anos de “pirralha” e a reclamou do fato de suas opiniões serem noticiadas pela imprensa com destaque. Thunberg foi eleita “personalidade do ano” pela revista Time.
Após falar sobre a jovem, Bolsonaro fez críticas a defensores do meio ambiente que se encontram reunidos na COP25.
“Tem até uma pirralha que tudo o que ela fala a nossa imprensa, a nossa imprensa, pelo amor de Deus, dá um destaque enorme. Ela está agora fazendo o seu showzinho lá na COP25. Mas tudo bem. Eu acredito nós temos, ao trabalhar em equipe, meios de mudar o Brasil”, disse o presidente.
Mais cedo, Bolsonaro voltou a se referir à menina como “pirralha”, adjetivo que havia usado nessa terça-feira (10/12/2019). Na ocasião, ela alterou a sua descrição no Twitter e passou a se autodenominar “pirralha”.
Bolsonaro reclamou que seu governo é acusado de maltratar o meio ambiente como se isso fosse uma “política econômica”. “A sanha, a maneira como se ataca essa questão ambiental, virou uma política econômica. O único país do mundo que agride o meio ambiente, que faz mal, é o Brasil, segundo eles, enquanto é exatamente o contrário. Ninguém tem área tão preservada quanto a nossa. Pergunte o tamanho da nossa mata ciliar, (…) mas pergunte em palmos, não em metros”, argumentou Bolsonaro.
O presidente revelou ainda ter mudado um decreto que proibia o plantio de cana-de-açúcar na Amazônia. “Sabiam que, no estado do Amazonas, era proibido plantar cana-de-açúcar por decreto presidencial? Espero que o pessoal da COP não queira me acusar de querer substituir a Floresta Amazônica por um grande canavial”, disse Bolsonaro.
O decreto foi revogado no último dia 6 de dezembro.