Em nota, governo brasileiro lamenta morte de Kofi Annan
Ministério das Relações Exteriores classificou o diplomata como “amigo do Brasil” e “um dos maiores defensores do multilateralismo”
atualizado
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Em nota divulgada neste sábado (18/8) pelo Ministério das Relações Exteriores, o governo brasileiro lamentou a morte do ex-secretário geral das Nações Unidas Kofi Annan, um “amigo do Brasil” e “um dos maiores defensores do multilateralismo.”
Na nota, o Itamaraty lembra que Kofi Annan foi o primeiro secretário-geral da ONU com origem na África subsaariana, e também o primeiro funcionário de carreira do organismo a chegar ao posto mais alto da instituição. Seu período à frente do secretariado, de 1997 a 2006, foi marcado por ações destinadas a reformar e revitalizar o organismo. Ele também deu destaque às agendas de direitos humanos e promoção da paz.
“Annan atuou com admirável habilidade diplomática como mediador de crises internacionais e formulador de uma visão de futuro sintonizada com os desafios do século XXI”, diz a nota. “Soube equilibrar os atributos de independência da ONU com o desafio de conciliar os interesses de seus estados membros.”
Um fato marcante ocorreu em 2005, quando mais de 170 chefes de estado e governo se reuniram na Cúpula Mundial, na qual “reafirmaram seu compromisso com os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, lançaram as bases para a criação da Comissão de Consolidação da Paz e do Conselho de Direitos Humanos, e sublinharam a necessidade de reformar o quanto antes o Conselho de Segurança.”
O ex-secretário geral esteve diversas vezes no Brasil. Ele tinha entre seus mais próximos colaboradores o diplomata brasileiro Sérgio Vieira de Mello, morto em 2003 num atentado à sede da ONU em Bagdá.
“Sua reconhecida autoridade moral o levou a continuar a atuar em favor de um mundo mais pacífico e justo até os últimos dias”, diz a nota, ao expressar solidariedade à família de Annan e à ONU e seus funcionários.