Em MG, ministro Braga Netto visita colégio com denúncia de maus-tratos
Nessa sexta (10/9), alunos do colégio passaram mal por ficarem horas sob o sol. O ministro é ex-aluno da instituição, que completa 66 anos
atualizado
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Na manhã deste sábado (11/9), o ministro da Defesa, general Braga Netto, participa de uma solenidade em celebração ao aniversário de 66 anos do Colégio Militar de Belo Horizonte, do qual ele é egresso. Ele chegou ao local com o assessores e não falou com a imprensa.
Na sexta-feira (10), o nome do colégio viralizou nas redes sociais depois que pais e professores da instituição fizeram denúncias após estudantes passarem mal enquanto ensaiavam para receber o general. Eles foram obrigados a ficar horas sob o sol, com temperaturas elevadas, acima dos 30ºC e umidade relativa do ar na casa do 30%.
Cerca de 20 alunos se sentiram indispostos pela imposição do colégio. À TV Globo, uma aluna que preferiu não ser identificada afirmou que a situação foi desconfortável. “Estava muito seco e o sol estava cada vez mais quente. Então, muitos alunos acabaram passando mal porque a gente fica o tempo todo em pé fazendo sentido, escutando as orientações. Então foi desconfortável para muita gente, principalmente pros menores do sexto e sétimo ano”, disse ela.
Um professor do colégio, que também preferiu não ser identificado, afirmou que algumas crianças chegaram a desmaiar. “Criança passando mal, é crime isso aí, é crime mesmo, é tortura física e psicológica. E já tem alguns pais que não vão querer deixar o aluno ir amanhã, ao colégio, porque eles ficaram assustados”, disse ele.
Empunhando armas
Conforme as denúncias, pais de alunos relataram que protocolos sanitários, como o uso dos bebedouros, também foram descumpridos. Imagens às quais a emissora teve acesso mostram os adolescentes segurando armas que, segundo fontes internas da instituição, são carabinas descarregadas.
A lei que regulamenta a posse de armas e o Estatuto da Criança e do Adolescente dizem que é proibido “vender, fornecer, ainda que gratuitamente, ou entregar, de qualquer forma, a criança ou adolescente arma, munição ou explosivo”.
Por meio de nota, o Colégio Militar disse que a denúncia não é verdadeira. De acordo com a instituição, o comando “sempre se pautou pelo bem estar e pela integridade física dos alunos”.