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Em menos de um ano, gamer de SP ingressa na 2ª universidade nos EUA

Jovem de 23 anos é jogador de Fifa e estuda psicologia no exterior desde setembro de 2021; no próximo mês, integra time em Nova York

atualizado

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Arquivo pessoal
Bruno Granato
1 de 1 Bruno Granato - Foto: Arquivo pessoal

São Paulo – Com uma bolsa de estudos inusitada, graças à prática de jogos on-line, o paulistano Bruno Granato, de 23 anos, caminha para a segunda instituição de ensino superior nos Estados Unidos em menos de um ano.

Jogador de Fifa (o famoso simulador de futebol) desde os 8 anos de idade, ele nunca pensou que uma atividade de lazer o pudesse levar para aprimorar os conhecimentos no no exterior.

“Nunca quis estudar fora do país, mas morar era uma vontade minha. Então, quando apareceu a oportunidade, eu agarrei”, contou em entrevista ao Metrópoles.

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Ele começou a jornada no jogo FIFA desde os 8 anos de idade
Bruno participou do FIFA Interactive World Cup (FFIWC) Brazil, em 2017
Nos Estados Unidos, ele ingressou na universidade Western Oregon
No próximo semestre, ingressará na Long Island, em Nova York
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Bruno Granato, de 23 anos, estuda nos Estados Unidos com bolsa de esportes eletrônicos

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Ele começou a jornada no jogo FIFA desde os 8 anos de idade

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Bruno participou do FIFA Interactive World Cup (FFIWC) Brazil, em 2017

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Nos Estados Unidos, ele ingressou na universidade Western Oregon

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No próximo semestre, ingressará na Long Island, em Nova York

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Em setembro de 2021, Bruno embarcou rumo à universidade Western Oregon, para cursar psicologia. “Já tinha iniciado uma graduação no Brasil, em engenharia, mas eu não gostava e resolvi parar para me dedicar aos treinamentos de Fifa”, explica.

Sete meses depois, veio a tão sonhada vaga para uma universidade americana. Com a bolsa, ele tinha a mensalidade do curso paga, mas a moradia e alimentação ficavam a cargo do candidato.

Agora, no próximo mês, ingressará na Long Island, em Nova York, com tudo pago pela instituição. “É uma das maiores em termos de campeonato. Lá, o treinamento para competições é diário e terei um treinador observando se estou mesmo praticando”, explica o jovem.

Bolsas para gamers no exterior

As bolsas para esportes eletrônicos, como são chamadas, são recentes. De acordo com Vinicius Schwindt, fundador da Strive Academy, que auxilia jovens a ingressarem em universidades nos Estados Unidos e no Canadá, as instituições começaram a se interessar pelo público gamer há menos de uma década.

“A premissa para conseguir a bolsa é muito parecida com a de quem joga esportes tradicionais, como basquete, futebol ou natação, por exemplo. Os jogos eletrônicos, vêm se tornando cada vez mais famosos e as universidades enxergaram isso como uma grande oportunidade”, explica.

“Assim como no Brasil existem competições universitárias de diversos esportes, nos EUA existem campeonatos também de esportes eletrônicos”, completa.

Apesar de terem outros alunos com oportunidades semelhantes à de Bruno, como é o caso do jovem que foi aprovado em 28 universidades pelas suas habilidades no jogo Fortnite, muitos ainda não sabem da existência desse recurso para estudar no exterior.

“Para os meus pais, era algo impensável. Eles não acreditavam. Lembro que quando vi nas redes sociais que tinha chance de ganhar a bolsa, eles disseram que era besteira. Minha família não achou que fosse dar em nada”, conta Bruno.

Apesar de pouco conhecido, diversos jogos entram na lista para oferta de bolsas, como: Fortnite, League of Legendes, CS Go, Rainbow Six, Valorant, entre outros.

Como conseguir uma bolsa

De acordo com Schwindt, para conseguir a oportunidade no exterior é necessário ter boas notas no Ensino Médio, ser aprovado em um exame de proficiência da língua inglesa e ter habilidade nos jogos.

“Os requisitos variam de instituição para instituição. Algumas podem pedir entrevistas, vídeos de campeonatos ou o ranking dos sistemas de games, por exemplo”, esclarece.

Além disso, para se manter na universidade, o jovem precisa manter um bom comportamento, não pode ser pego usando drogas ou álcool e precisa ter notas boas.

Segundo o fundador da Strive Academy, cerca de 15 brasileiros estudam com bolsas de esportes eletrônicos, ou e-sports, fora no Brasil, sendo oito deles através da empresa. Ao todo, 14 mil brasileiros fazem graduação nos Estados Unidos, conforme apontado pelo Open Doors 2021, apontado como o censo de educação americano.

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