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Em meio a polêmicas, comandante do Exército envia ordem reforçando apartidarismo da tropa

Em ordem despachada nesta segunda-feira, o comandante da Força prega apartidarismo e “fortalecimento da coesão interna” do Exército

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Delação Comandante-geral das Forças Armadas General Tomás Miguel Ribeiro Paiva, novo comandante do Exército - Metrópoles
1 de 1 Delação Comandante-geral das Forças Armadas General Tomás Miguel Ribeiro Paiva, novo comandante do Exército - Metrópoles - Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles

O comandante-geral Tomás Paiva despachou, nesta segunda-feira (21/8), uma ordem para todos os militares do Exército Brasileiro (EB), reforçando a isenção política da Força. O documento ao qual o Metrópoles teve acesso também traz uma série de ações a serem desenvolvidas pelo Exército para “continuar o processo de fortalecimento da coesão interna”.

O envio da ordem interna veio no momento conturbado em que membros do Exército Brasileiro aparecem envolvidos em supostas ilegalidades. É o caso, por exemplo, do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), e seu pai, general Mauro Lourena Cid, ambos alvos de operação pela venda de joias recebidas pelo político.

Na chamada “ordem fragmentária” assinada pelo general, com autenticidade confirmada pelo Metrópoles junto à Força, Tomás Paiva usa tópicos analisar o cenário atual, e, no primeiro deles, ressalta que “o Exército Brasileiro (EB) é uma Instituição de Estado, apartidária, coesa, integrada à sociedade e em permanente estado de prontidão.”

Os holofotes se voltaram novamente para as Forças Armadas após o ex-presidente Bolsonaro confirmar, em entrevista, reunião do hacker Walter Delgatti no Ministério da Defesa. Posteriormente, investigações apontaram que os contatos seriam para tratar de uma suposta trama golpista. À CPI dos Atos do 8 de janeiro, o hacker disse ter participado de cinco reuniões com a pasta de militares.

Legalismo

No texto, o general Tomás Paiva faz questão de escrever trecho reforçando que as Força devem se pautar pela “legalidade” e “legitimidade”

“Os quadros da Força devem pautar suas ações pela legalidade e legitimidade, mantendo-se coesos e conscientes das servidões da profissão militar, cujas particularidades tornam os direitos e os deveres do cidadão fardado diferentes daqueles dos demais segmentos da sociedade”, escreve o general.

Em seguida, o texto traz uma série de medidas a serem adotadas por membros da Força, para valorizar a “Família Militar”, como medidas que garantam um sistema de aposentadoria e de saúde “adequado” para os militares. Além disso, o texto também orienta que a caserna acompanhe a tramitação do projeto de novo arcabouço fiscal no Congresso, “visando ações oportunas para o atendimento de demandas reprimidas”.

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