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Em meio à crise financeira, Temer eleva em 36% o investimento militar

No fim do ano passado, gastos saltaram de R$ 6,73 bilhões para R$ 9,15 bilhões — R$ 1,85 bilhão a mais que o previsto no orçamento

atualizado

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exercito brasileiro Forças Armadas
1 de 1 exercito brasileiro Forças Armadas - Foto: Michael Melo/Metrópoles

Após sofrer um elevado corte no último ano de mandato da presidente cassada Dilma Rousseff (PT), o investimento militar foi retomado pelo governo Michel Temer (PMDB). No ano passado, o Executivo nacional desembolsou 36% a mais que em 2015 em gastos no setor, segundo informações do jornal Folha de S.Paulo. Temer recorreu ao orçamento para manter boas relações com os militares.

Dados de execução orçamentária do sistema Siga Brasil, do Senado, mostram que, em 2015, o ministro da Fazenda à época, Joaquim Levy, reduziu drasticamente o investimento no setor. Dos R$ 11,9 bilhões previstos para se gastar na área, R$ 6,73 bilhões foram liberados, inclusive, os chamados restos a pagar — valores referentes a anos anteriores.

No fim do ano passado, porém, o valor saltou para R$ 9,15 bilhões — R$ 1,85 bilhão a mais do que estava previsto no orçamento. A estimativa para 2017 é ainda maior: R$ 9,7 bilhões. Mas, de acordo com o atual ministro da Defesa, Raul Jungmann, o valor deverá sofrer alguma redução.

A pasta ocupa o segundo lugar na lista das que mais investem. No topo, Transportes, foi afetada em 2015, mas recompôs sua capacidade com R$ 10,5 bilhões desembolsados no ano passado.

Gastos
Com capacidades limitadas de defesa, cada Força se dedica a uma aposta central. O Exército investe na troca da sua frota de blindados pelo modelo Guarani e no programa de proteção de fronteiras. Já a Força Aérea foca os caças suecos Gripen e a fabricação do cargueiro e avião-tanque KC-390, da Embraer. Este último recebeu pouco mais de 10% do estimado em 2015. Além disso, sofreu atrasos em seu cronograma, mas, no ano passado, ficou com quase o dobro da verba inicial: R$ 816 milhões.

Já a Marinha investe no programa de submarinos convencionais e nuclear. Em 2015, a rubrica de fabricação de quatro modelos diesel-elétricos recebeu só R$ 35 milhões dos R$ 294 milhões planejados, sendo “salva” pelos restos a pagar de outros anos.

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