Em julgamento, estudante da Uerj que matou namorada diz ser “viúvo”
Bruno Correia foi condenado a 25 anos e 4 meses de reclusão por ter matado a facadas a estudante Luiza Braga em 2019
atualizado
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Em julgamento no Tribunal do Júri, o ex-estudante de história da Uerj (Universidade Estadual do Rio de Janeiro) Bruno Ferreira Correia, de 38 anos, acusado de matar em 2019 a namorada Luiza Nascimento Braga, 25, que também estudava na Uerj, afirmou, ao ser perguntado sobre seu estado civil, que é “viúvo”.
A declaração causou indignação em parentes e amigos da vítima que acompanhavam o júri. Ao fim, ele foi condenado a 25 anos e 4 meses de prisão, em regime fechado, pelos crimes de feminicídio e homicídio triplamente qualificado.
Os agravantes foram: motivo torpe, emprego de meio cruel e mediante recurso que impossibilitou a defesa. Luiza foi morta a facadas no pescoço e no rosto. Após o crime, Bruno deixou o corpo da namorada trancado no apartamento em que eles haviam morado no Rio.
No interrogatório, o ex-estudante disse que, no dia do crime, enquanto Luiza tomava banho, resolveu mexer no celular dela e encontrou mensagens e fotos que indicavam uma traição. E que quando ela saiu do banho, eles começaram a brigar.
Segundo ele, Luiza tentou pegar o celular das mãos dele. A partir desse momento, ele disse não se lembrar de mais nada.
O crime
Luiza desapareceu em 19 de junho de 2019, depois de ter dormido na casa de Bruno. Após o desaparecimento, o pai dela ainda recebeu uma mensagem na qual ela dizia que não iria visitá-lo porque estava estudando.
A família desconfiou da mensagem e do fato de não conseguir falar com a estudante por telefone. Os pais da jovem resolveram, então, ir até a casa onde Luiza havia morado com Bruno. No local, encontraram o corpo ocultado por um cobertor. Bruno havia fugido, mas foi preso 46 dias depois.