Em greve, servidores do meio ambiente protestam em frente ao Planalto
Protesto ocorre enquanto o presidente Lula se reúne com a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva
atualizado
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Servidores do Ibama e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMbio) se reuniram em frente ao Palácio do Planalto, nesta quarta-feira (17/7), para cobrar ações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pela reestruturação da carreira de especialista em meio ambiente.
Funcionários de órgãos federais da área entraram em greve no último dia 1º de julho, mas uma decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) mandou suspender a mobilização após um pedido da Advocacia-Geral da União (AGU). Ainda assim, alguns setores, como o de fiscalização, mantiveram a paralisação das atividades.
O grupo se reúne toda quarta-feira na Praça dos Três Poderes para tentar chamar a atenção do presidente à causa. Nesta quarta, ao mesmo tempo em que o ocorre o protesto, Lula recebe a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, para a sanção do projeto de lei que inclui o ensino das mudanças climáticas na Lei de Educação Ambiental.
Veja vídeo da mobilização:
Em conversa com o Metrópoles, servidores relataram frustração com a forma como a demanda foi tratada, sobretudo pelo Ministério da Gestão e Inovação (MGI), pasta responsável pelas negociações.
No final de junho, o ministério anunciou o fechamento da mesa de negociação com a área ambiental, sem acordo. Esse foi o estopim para a deflagração da greve. Sem abertura com o MGI, os funcionários públicos buscam apoio de “instâncias superiores”, ou seja, o presidente.
Eles também cobram um posicionamento mais firme da ministra Marina Silva. Segundo os relatos dos servidores ao Metrópoles, a ministra demonstra sensibilidade à pauta nos bastidores, mas não expressa publicamente.
A área tem sido panfletada como uma das prioridades do chefe do Executivo neste terceiro mandato. O grupo defende que a carreira é desvalorizada e pouco atrativa para os servidores, o que provoca uma fuga de funcionários dos órgãos ambientais. Por isso, a necessidade de reestruturação.