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Em greve nesta 6ª, servidores do BC rejeitam solução “auxílio-coxinha”

Categoria inicia paralisação nesta sexta (31/3) por reajuste salarial e nega que aceitará “artifícios gerenciais” do tipo “auxílio-coxinha”

atualizado

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vista aérea do Banco Central em Brasília
1 de 1 vista aérea do Banco Central em Brasília - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

Há um dia de iniciar uma greve, os servidores do Banco Central decidiram que, durante o período de paralisação, não será publicada nenhuma estatística para o público externo. Além disso, o fornecimento de informações internas ao Banco Central do Brasil (BCB) será avaliado caso a caso.

Na prática, não serão divulgadas notas para imprensa sobre estatísticas do setor externo, crédito e fiscal, nem os indicadores econômica como o fluxo cambial e nem as reservas internacionais. A estimativa do Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (Sinal) é que, até o momento, 61% dos servidores em cargos comissionados tenham pedido dispensas.

Em carta, os servidores afirmaram: “Considerando o momento em que nos encontramos, de reivindicação de
reestruturação da nossa carreira, com recomposição salarial, e o não atendimento desses pleitos, solicitamos a dispensa imediata do exercício das Funções Comissionadas do Banco Central do Brasil (FCBC)”.

Os servidores pedem ações efetivas até 4 de abril e dizem que não vão aceitar qualquer tipo de acordo.

“Há rumores de que haveria uma solução salarial para o BC na semana que vem, mas em uma forma ‘mais gerenciável’ – Avisamos de imediato que, se houver na semana que vem soluções ‘gerenciáveis’ do tipo ‘aumento do auxílio-coxinha + 3% de reajuste para todos os servidores’, ‘propostas flexíveis inconstitucionais’, ‘funções comissionadas técnicas’ ou artifícios ‘gerenciais’ do tipo, nós vamos rechaçar com toda a força”, afirmou o presidente do Sinal, Fábio Faiad.

Aumento somente para policiais

Em nota publicada nesta quinta-feira (31/3), o presidente do Sinal, ressaltou ainda que o risco de a Medida Provisória dos Policiais Federais sair até 2 de abril ainda existe. “Se isso acontecer, o movimento pode se radicalizar”, afirmou.

Uma das medidas que pode ser adotada é a interrupção dos serviços que viabilizam e dão segurança ao Pix. Caso o governo publique MP prevendo aumento salarial somente para policiais federais, as reações afetariam sistemas operacionais do Pix.

Os servidores aprovaram iniciar greve a partir de 1º de abril. Eles pedem reajuste de 26,3% e uma reestruturação da carreira de analista.

“A greve está mantida. Se a MP sair só com aumento para policiais, vamos parar os serviços do Pix como canais de atendimento, monitoramento da segurança e atualizações. Não vamos tirar o Pix do ar, não é isso. Vamos parar os serviços do Pix. Pode ser que saia do ar por falta dos serviços operacionais, mas não somos nós que tiraremos”, afirmou o presidente do Sinal, Fábio Faiad.

Se a MP não sair, a greve será mantida com negociações e reuniões. A indignação da categoria ocorreu após a informação de que há um risco de a MP ser publicada até 2 de abril com o reajuste só para policiais. Isso provocará a interrupção dos serviços do Pix.

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