Em estado grave, bebê com 30 hematomas respira por aparelhos em Goiás
Criança foi levada a hospital em GO com manchas roxas pelo corpo. Em depoimento, pai admitiu que poderia ter machucado filha “sem intenção”
atualizado
Compartilhar notícia
Goiânia – Uma bebê de 6 meses com mais de 30 lesões no corpo continua em estado grave e respira com ajuda de aparelhos em unidade de terapia intensiva (UTI), de acordo com informação repassada ao Metrópoles, na manhã desta quinta-feira (13/5), pelo Hospital Estadual de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol), onde está internada, em Goiânia.
A bebê foi levada, pelos pais, para uma Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) de Anápolis, a 55 quilômetros da capital, na noite de segunda-feira (10/5), depois de começar a perder sinais vitais no colo de seu pai, um profissional de almoxarifado, de 27 anos, na casa da família, na mesma cidade. Uma médica suspeitou de maus-tratos e denunciou o caso à Polícia Civil.
A delegada Kênia Dutra Segantini, da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) de Anápolis, disse ao Metrópoles que ainda aguarda o resultado do exame de corpo de delito da criança, para identificar se as lesões foram causadas por agressão ou por descuido, em algum acidente.
“Surpreso”
Em depoimento na quarta-feira (12/5), conforme mostrou o portal, o pai afirmou ter ficado “surpreso” ao perceber sua filha desfalecer em seu colo. A bebê, então, foi transferida para a UTI do Hugol, em estado grave.
“O genitor do bebê afirma que é possível que tenha machucado, sem intenção, sua filha, ao abaixar-se, com ela em seu colo, para pegar um celular que estava sobre a cama, com a intenção de mudar o vídeo a que ela assistia, bem como ao massagear o tórax dela para reanimá-la”, contou a
Kênia afirmou que, durante o depoimento, percebeu que o pai estava “preocupado”. “É difícil numa situação dessa estar tranquilo. Ele mesmo relatou que está difícil a concentração por causa da preocupação com a bebê, que está no hospital”, acrescentou ela.
Perícia
Na noite de terça-feira (11/5), segundo a responsável pela investigação, uma equipe de policiais realizou perícia na residência da família. De acordo com ela, a mãe da criança, uma dona de casa de 33 anos, e vizinhos do casal serão também ouvidos nos próximos dias.
Os nomes dos casal e da bebê não foram divulgados pela Polícia Civil, como prevê o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), para preservar a criança.
O Conselho Tutelar informou que não houve qualquer denúncia anterior relacionada aos pais da criança.
Como os nomes dos pais não foram divulgados, o Metrópoles não conseguiu localizá-los.