Em encontro com evangélicos, Bolsonaro volta a defender Mendonça no STF
A fala aconteceu durante “Simpósio Cidadania Cristã”. Durante discurso, Bolsonaro ressaltou que só fez dois pedidos a Mendonça
atualizado
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O presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), defendeu mais uma vez, nesta terça-feira (5/10), a indicação do ex-ministro da Advocacia-Geral da União André Mendonça para o Supremo Tribunal Federal (STF).
“Apesar dele ser baixinho, um pouco baixo, cabeça um pouco pequena, tem uma bagagem cultural imensa, sabe tudo sobre direito e é evangélico, ou melhor, terrivelmente evangélico”, disse Bolsonaro em um evento com pastores evangélicos na tarde desta terça. “A gente espera, senador Carlos Viana, que ele seja aprovado. Eu não indico para o Supremo, eu indico para o Senado, tem uma sabatina. Creio que ele não terá dificuldades de ser questionado sobre questões jurídicas. E depois tem uma votação, que é secreta.”
Durante discurso, Bolsonaro ressaltou que fez dois pedidos à Mendonça: “Primeiro: que toda semana, quando iniciar seus trabalhos, ele peça dois minutos e faça uma oração dentro do Supremo Tribunal Federal. E o outro, que vem do coração: nós sabemos que quem esquece seu passado está condenado a não ter futuro. Ele [Mendonça] é uma pessoa humilde, eu falei para ele que quero todo mês tomar com ele uma Tubaína. Fechado, André? Fechado. E juntamente também com senadores e parlamentares, participar de umas reuniões conosco, afinal de contas, os Três Poderes é que têm que remar na mesma direção para que o nosso país, realmente, vá para frente”.
A fala de Bolsonaro aconteceu durante “Simpósio Cidadania Cristã”, promovido pela Confederação dos Conselhos de Pastores do Brasil (Concepab). O evento recebeu ministros de Estado, parlamentares e o presidente da República na Igreja Batista Central de Brasília, na L2 sul, área nobre da capital.
No evento, André Mendonça foi recebido como “futuro ministro” da Suprema Corte. Mendonça foi indicado ao STF em 13 de julho e ainda aguarda que seu nome seja analisado pelo Senado Federal. Já são 84 dias de espera, quase três meses.
O primeiro passo da análise, a sabatina pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa Alta, ainda não foi marcada. A indicação tem sido segurada pelo presidente do colegiado, o senador Davi Alcolumbre (DEM-AP).
Entre os 10 atuais ministros do STF, nenhum esperou tanto tempo quanto ele para ser aprovado pelo Senado. No evento desta terça-feira, um pastor chegou a dizer que ora para Deus colocar Mendonça na Corte “o mais rápido possível”.