Em dois meses, Brasil coloca quatro fábricas de veículos à venda
Analistas do setor veem poucas chances de as fábricas serem adquiridas por grupos automotivos, em razão da alta ociosidade
atualizado
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O Brasil tem hoje quatro fábricas de veículos à venda, cujos fechamentos foram anunciados em dezembro e janeiro. Uma é da Mercedes-Benz, que produzia carros de luxo em Iracemápolis (SP), e três da Ford na Bahia, Ceará e São Paulo.
A planta da Mercedes é a mais nova delas. Inaugurada em 2016, é compacta e bem equipada e, ao lado, tem uma moderna pista de testes. O grupo informa que segue em busca de alternativas e que é primordial garantir um futuro para a fábrica. A venda é uma alternativa.
O complexo da Ford em Camaçari abriga, junto à fábrica de carros, vários fornecedores de peças que eram conectados à linha de montagem. A intenção do grupo é vender as instalações para uma empresa que mantenha a produção de veículos.
Esse também era objetivo para a planta do ABC paulista, fechada em 2019. Mas, sem conseguir um comprador do setor automotivo, a área foi vendida para uma construtora e um grupo de investidores. Está sendo preparada para ser um dos maiores centros logísticos do país.
O governo da Bahia já falou com embaixadores da Coreia do Sul, da Índia e do Japão para pedir ajuda na busca de interessados nesses países.
Para a área da filial de motores, em Taubaté, o desejo também é que fique com empresa automobilística, mas as chances são ainda menores do que na Bahia.
A prefeitura local informa que, com o governo federal, mantém conversas com um interessado. O governo do estado estaria falando com dois grupos, mas nomes e setores de atuação não foram revelados.