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Em disputa da direita, Caiado leva a melhor sobre Bolsonaro em Goiás

Governador e ex-presidente apoiaram candidatos distintos nas duas maiores cidades do estado. Bolsonaro fez vários atos durante a campanha

atualizado

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Montagem com foto do Vinícius Schmidt/ Metrópoles
Montagem com fotos coloridas de Caiado, Bolsonaro e candidatos apoiados por eles - Metrópoles
1 de 1 Montagem com fotos coloridas de Caiado, Bolsonaro e candidatos apoiados por eles - Metrópoles - Foto: Montagem com foto do Vinícius Schmidt/ Metrópoles

No embate indireto do segundo turno em Goiás, entre o governador Ronaldo Caiado (União) e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o gestor estadual se saiu vencedor. Os dois apoiaram candidatos distintos nos dois maiores municípios de Goiás. No entanto, o governador levou a melhor nos dois. As cidades foram: Goiânia e Aparecida de Goiânia.

Em Goiânia, Caiado convidou o presidente da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg), Sandro Mabel (União) para a disputa. Ele largou em terceiro lugar, mas passou para o segundo turno atrás de Fred Rodrigues (PL), apadrinhado de Bolsonaro. Fred cresceu nas pesquisas após aparecer ao lado do ex-presidente em atos de campanha.

Neste domingo (27/10), Mabel alcançou 55,53% dos votos contra 44,47% de Fred Rodrigues (PL). O candidato apostou no perfil de experiência como gestor e ultrapassou o adversário ao conquistar os votos da esquerda, que rejeitou o aliado de Bolsonaro. Fred investiu na imagem de um candidato anti sistema.

Em Aparecida de Goiânia, segundo maior município do estado, Caiado apoiou Leandro Vilela (MDB). No início da eleição, o deputado federal Professor Alcides (PL), nome com o aval de Bolsonaro, despontava com franco favoritismo, conforme as pesquisas da época, com mais de 50% dos votos.

Vilela teve 48% dos votos contra 43% do adversário no primeiro turno. No segundo turno, o emedebista ampliou a vantagem e venceu Professor Alcides por 63,6% a 36,4%.

Bolsonaro vence

Das três disputas em que se envolveu em Goiás, Bolsonaro foi vencedor apenas em Anápolis, terceiro maior município do estado. Na localidade, não houve disputa entre o ex-presidente e Caiado no segundo turno. O motivo foi que o oponente do apadrinhado de Bolsonaro era o petista Antônio Gomide.

Bolsonaro atuou em Anápolis pela vitória de Marcio Correa (PL). Ele obteve 58,56% dos votos contra 41,44% de Gomide no segundo turno.

Durante os atos de campanha em Goiás, Bolsonaro e Caiado trocaram ataques diretos. Bolsonaro chamou Caiado de “covarde”, em uma referência às medidas adotadas pelo governador para restringir a circulação de pessoas durante a pandemia da Covid-19.

De olho em 2026

A disputa entre os dois é, para Caiado, uma tentativa de firmar o domínio político no estado para alcançar projeção nacional. Ele tem intenção de disputar, em 2026, a Presidência da República.

Para Bolsonaro, fazer prefeitos em Goiás, assim como em outras localidades do Brasil, significava manter o cacife de maior expoente da direita no Brasil, algo que tenta usar para conseguir a anistia à inelegibilidade.

Confira página especial das eleições 2024.

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