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Em discurso na ONU, Bolsonaro elogia Moro: “Símbolo do meu país”

O presidente ressaltou em diversas partes de seus discursos que o Brasil está sendo passado a limpo e rebateu críticas

atualizado

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Bolsonaro discurso ONU
1 de 1 Bolsonaro discurso ONU - Foto: Organização das Nações Unidas

O presidente Jair Bolsonaro (PSL) afirmou, em seu discurso de abertura da 74ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), que “as ideologias” invadiram as casas e as almas das pessoas para expulsarem a inocência das crianças, e até mesmo Deus. A fala era uma referência aos governos anteriores, que ele frequentemente se refere como “socialistas”. Na sequência, o presidente rebateu críticas relacionadas à preservação do meio ambiente e defendeu o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro.

Bolsonaro ressaltou, em diversas partes de seus discursos, que o Brasil está sendo “passado a limpo” pelo seu governo. Ele elogiou o trabalho de Moro na força-tarefa da Lava Jato. O presidente e o ministro enfrentaram diversos embates nas últimas semanas, o que colocou em risco a relação. Bolsonaro disse que a atuação dele como então juiz da mudou o país. “Ele se tornou símbolo do meu país”, avaliou. Recentemente, Bolsonaro teve uma série de rusgas públicas com o ministro, sobretudo no que tange à mudança do diretor-geral da Polícia Federal, na qual os dois pensavam de forma distinta. O presidente chegou a dizer que Moro era “ingênuo”.

O chefe do Palácio do Planalto reclamou da imagem que uma suposta “mídia mentirosa” teria criado do Brasil no exterior. “Queremos que todos possam conhecer o Brasil e sobretudo a nossa Amazônia. Ela não está sendo devastada nem consumida pelo fogo como mentirosamente diz a mídia. Não deixem de conhecer o Brasil. Ele é muito diferente do mostrado por jornais e televisões”, argumentou.

Nos minutos finais do discurso, Bolsonaro criticou a “ideologia implantada por outros governos”. “Nos deixamos seduzir sem perceber por sistemas ideológicos que não falavam a verdade. A cultura, a educação e a mídia ficaram impregnadas. A comunicação ideológica invadiu nossos lares para matar a célula mater de toda a sociedade: a família. Além disso, tentam roubar a inocência de nossas crianças, confundindo até mesmo a sua forma biológica”, ponderou, em referência velada ao que ele e seu grupo de apoiadores conhecem como “ideologia de gênero”.

O presidente usou como exemplo dessas ações a facada que levou durante a campanha eleitoral de 2018. “A ideologia invadiu a a alma humana para expulsar Deus e sua alma que nos revestiu. Fui covardemente esquadrado por um militante de esquerda e milagrosamente eu sobrevivi. Agradeço a deus a minha vida”, relembrou.

Bolsonaro disse ainda que a participação do Brasil na Assembleia Geral reafirma o compromisso com os “mais altos padrões dos direitos humanos, da liberdade de expressão e de impressa, religiosa e da defesa da democracia”.

Parcerias internacionais e meio ambiente
O presidente disse que o país está pronto para firmar novas parcerias internacionais, mas que os acordos devem respeitar a soberania nacional. Ele citou como exemplo a questão indígena e ambiental. “Querem usar isso como reserva de mercado para servir interesses de países estrangeiros que veem o Brasil como uma colonia sem soberania”, ponderou.

O presidente criticou a França e a Alemanha que, segundo ele, usam mais de 50% do território para agricultura, sendo que o Brasil usa apenas 8%. Os dois países cortaram investimentos para a projetos de preservação ambiental.

“Quero reafirmar a minha posição de apoio e de preservação da floresta e outros biomas. Mas isso deve ser sob a soberania brasileira, sem instrumentalizar a política indigenista para interesses econômicos externos. Estamos prontos para em parcerias”, afirmou.

Ele prosseguiu. “O índio não quer ser latifundiário principalmente das terras mais ricas do mundo. As reservas possuem grande abundância de ouro, diamante, nióbio, urânio, entre outros. A reserva Ianomami conta sozinha com 95 mil km quadrados, igual Portugal e Hungria, embora apenas 15 mil índios vivem nessa área. Os que nos atacam não estão preocupados com o ser humano índio”, declarou.

Sobre o tema, Bolsonaro concluiu. “Poderemos vislumbrar um novo tempo para as comunidades indígenas que se encontram e sobrevivem do bolsa família e cestas básicas, o que representa o atraso”, destacou.

O presidente Jair Bolsonaro (PSL) afirmou que o Brasil passa por uma ruptura na condução econômica. Na sua avaliação, a economia está sendo reorganização após “duas décadas” de condução equivocada. A afirmação faz referência aos governos anteriores, liderados tanto pelo PT quanto pelo PSDB.

“Em busca de prosperidade, estamos adotando políticas que nos aproximam de países que se desenvolveram e criaram prosperidade. Não há liberdade política sem liberdade econômica”, preconizou. “A economia está reagindo ao romper vícios e amarras de duas décadas de irresponsabilidade fiscal e corrupção”, prosseguiu. “Estamos abrindo a economia e entrando para as cadeias globais de valor”, continuou.

O mandatário brasileiro citou, como exemplos dessa nova condução econômica do país, os acordos assinados entre o Mercosul e a União Europeia, que visam reduzir os custos de trânsito de mercadorias entre os dois blocos. “Pretendemos seguir adiante com vários outros acordos nos próximos meses, estamos prontos para iniciar nosso processo de adesão na OCDE”, disse, mencionando a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico, composto por alguns dos países mais ricos e desenvolvidos do planeta.

Amazônia
O presidente Jair Bolsonaro (PSL) classificou como “falácia” o discurso de que os índices de destruição da Amazônia tenham aumentado no seu governo. No discurso na abertura da 74ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), cujo tema é “Reunir esforços multilaterais para erradicação da pobreza, educação de qualidade, ações climáticas e inclusão”, o presidente brasileiro disparou contra a França, mesmo sem citar o nome do país ou do seu presidente, Emmanuel Macrón, que antagonizou Bolsonaro ao longo da crise gerada pelo aumento dos incêndios na região da Amazônia.

“Clima seco favorece queimadas espontâneas e criminosas”, argumentou.  “Problemas qualquer país os tem. Os ataques sensacionalistas que sofremos por grande parte da mídia internacional despertaram o nosso sentimento patriota. É falácia dizer que a Amazônia é de propriedade internacional”, prosseguiu.

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Presidente Jair Bolsonaro durante discurso de abertura da 75ª Assembleia Geral da ONU
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Mesmo diante da recente crise envolvendo os incêndios na Amazônia, o presidente Jair Bolsonaro disse, em seu discurso, que o Brasil é referência mundial na preservação do meio ambiente. “Em primeiro lugar, meu governo tem o compromisso solene com o meio ambiente e com o desenvolvimento sustentável”, afirmou. “Nossa Amazônia é maior que toda a Europa Ocidental e permanece praticamente intocada, prova que somos um dos países que mais protegem o meio ambiente”, prosseguiu.

Bolsonaro, mesmo sem citar o nome do presidente francês, Emmanuel Macron, disparou contra o líder europeu. “Um país, ao invés de ajudar, embarcou nas mentiras da mídia e se portou de forma despropositada e colonialista”, atacou. “Um deles, por ocasião do encontro do G7 ousou sugerir sanções ao Brasil sem sequer nos ouvir. Agradeço os que não aceitaram levar adiante essa absurda proposta”, afirmou. “Respeito a liberdade e soberania de cada um de nós”.

“Socialismo”
O presidente Jair Bolsonaro (PSL) afirmou, em seu discurso de abertura da 74ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), que o seu governo marca uma espécie de “renascimento” do Brasil após o país ter quase se tornado, na sua avaliação, um país “socialista”. “Um novo Brasil que ressurge depois de estar a beira do socialismo”, disse, em uma das suas primeiras frases na abertura. “Todos estão pobres e sem liberdade. O Brasil também sente o impacto disso. Uma parte migrou para o Brasil fugindo da fome e da violência”, ironizou.

Bolsonaro ressaltou a relação do Brasil com países como Cuba e Venezuela, alvos de duras críticas. “Respaldado por entidade de direitos humanos, antes mesmo de eu assumir o governo, quase 90% dos profissionais do Mais Médicos deixaram o Brasil de forma unilateral”, reclamou.

O presidente disse que acredita, entretanto, que a ação foi benéfica. “Deixamos de contribuir com a ditadura cubana enviando todos os anos milhares de dólares para lá”, destacou. Bolsonaro falou das medidas que os médicos serão submetidos. “Os que ficaram, se submeterão à qualificação médica”, garantiu.

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O chefe do Palácio do Planalto subiu o tom com o clã Castro, do qual são oriundos os irmãos Fidel e Raul Castro. “A história nos mostra que já nos anos 1960 que agentes cubanos foram enviado a diversos países para implantar ditaduras”, atacou.

Ele emendou: “Há poucas décadas tentaram mudar o regime do nosso país. Vencemos a guerra e resguardamos a nossa dignidade. Centenas de militares e civis morreram e outros tantos tiveram sua reputação manchada”, disse, fazendo alusão á ditadura militar brasileira.

Amazônia
Mesmo diante da recente crise envolvendo os incêndios na Amazônia, o presidente Jair Bolsonaro disse, em seu discurso, que o Brasil é referência mundial na preservação do meio ambiente. “Em primeiro lugar, meu governo tem o compromisso solene com o meio ambiente e com o desenvolvimento sustentável”, afirmou. “Nossa Amazônia é maior que toda a Europa Ocidental e permanece praticamente intocada, prova que somos um dos países que mais protegem o meio ambiente”, prosseguiu.

O alto volume de incêndios que a floresta vem registrando, na avaliação do presidente, tem origem no clima especialmente seco que tomou parte do Brasil neste ano. “Clima seco favorece queimadas espontâneas e criminosas”, argumentou.  “Problemas qualquer país os tem. Os ataques sensacionalistas que sofremos por grande parte da mídia internacional despertaram o nosso sentimento patriota. É falácia dizer que a Amazônia é de propriedade internacional”, prosseguiu.

Bolsonaro, mesmo sem citar o nome do presidente francês, Emmanuel Macrón, disparou contra o líder europeu. “Um país, ao invés de ajudar, embarcou nas mentiras da mídia e se portou de forma despropositada e colonialista”, atacou. “Um deles, por ocasião do encontro do G7 ousou sugerir sanções ao Brasil sem sequer nos ouvir. Agradeço os que não aceitaram levar adiante essa absurda proposta”, afirmou. “Respeito a liberdade e soberania de cada um de nós”.

Oitavo presidente 
Bolsonaro foi o oitavo presidente brasileiro a discursar na abertura da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU). O tema deste ano é “Reunir esforços multilaterais para erradicação da pobreza, educação de qualidade, ações climáticas e inclusão”. Em 2016, Michel Temer fez o discurso de abertura e destacou o processo de impeachment, que tirou Dilma Rousseff do cargo e permitiu a sua ascensão. Segundo ele, o processo foi correto. Veja os presidentes que também discursaram na abertura da ONU e o que eles representaram:

“Bom homem”
O mandatário dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou na manhã de segunda-feira (23/09/2019), ao chegar na sede da ONU, que o presidente Jair Bolsonaro (PSL)é um bom homem”, mas não confirmou se vai se encontrar com o brasileiro.

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A ativista ambiental Greta Thunberg, da Suécia, discursa na Cúpula de Ação Climática na Assembleia Geral das Nações Unidas, na sede da ONU, em Nova York, nos Estados Unidos, nessa segunda-feira (23/09/2019). A adolescente sueca fez seu mais contundente discurso cobrando líderes mundiais a agirem contra as mudanças climáticas. "Como vocês ousam?", perguntou várias vezes, sobre a inação dos países em reduzir suas emissões de gases de efeito estufa, durante a abertura da Cúpula do Clima da ONU, em Nova York
Presidente da França, Emmanuel Macron
Trump discursa
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A ativista ambiental Greta Thunberg, da Suécia, discursa na Cúpula de Ação Climática na Assembleia Geral das Nações Unidas, na sede da ONU, em Nova York, nos Estados Unidos, nessa segunda-feira (23/09/2019). A adolescente sueca fez seu mais contundente discurso cobrando líderes mundiais a agirem contra as mudanças climáticas. "Como vocês ousam?", perguntou várias vezes, sobre a inação dos países em reduzir suas emissões de gases de efeito estufa, durante a abertura da Cúpula do Clima da ONU, em Nova York

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Trump discursa

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O chefe de Estado norte-americano fez a observação sobre titular do Palácio do Planalto ao deixar reunião dentro da Organização das Nações Unidas (ONU) e ser questionado por duas jornalistas brasileiras acerca de possível encontro com Bolsonaro em Nova York.

O presidente do Brasil desembarcou na tarde de segunda na cidade. O discurso de Bolsonaro marcou a abertura da 74ª Assembleia Geral da ONU.

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